Mundial de râguebi: Portugal está a um empate do maior evento desportivo de 2023

Se a selecção nacional não perder hoje frente aos Estados Unidos, garante a segunda presença num Mundial de râguebi.

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AJ MacGinty, capitão dos EUA, e Tomás Appleton, capitão de Portugal World Rugby

Quase 16 anos depois de conseguir, no Uruguai, garantir pela primeira vez o apuramento para um Campeonato do Mundo, a selecção nacional de râguebi volta a ter hoje, desta vez no Dubai, a presença no terceiro maior evento desportivo mundial à distância de apenas 80 minutos. Cumpridas as duas primeiras rondas do torneio quadrangular que vai atribuir, ao seu vencedor, a última vaga para o Mundial de 2023, não houve surpresas. Assim, a partir das 15h30 (SportTV3), será entre Portugal e Estados Unidos que será decidido qual é o 20.º país a assegurar a presença em França, sendo que, em caso de empate, a qualificação será portuguesa.

No ranking da World Rugby, que habitualmente traduz com precisão o nível competitivo dos países, as duas selecções estão praticamente empatadas (Portugal é 18.º, com uns irrisórios 0.07 pontos de vantagem sobre os Estados Unidos) e, nas duas primeiras jornadas do torneio de repescagem, não ficaram dúvidas da superioridade portuguesa e norte-americana perante o Quénia e Hong Kong. No entanto, apesar de “lobos” e “eagles” estarem a par em quase tudo, o último duelo por uma presença no Mundial 2023 colocará em confronto duas equipas com estilos de jogo antagónicos.

Sem a capacidade física das principais selecções mundiais a nível dos avançados, Portugal tem, nas suas linhas-atrasadas, o seu principal trunfo. Com um râguebi positivo e veloz, a selecção portuguesa consegue, no jogo à mão a toda a largura do relvado, fazer a diferença e atingir um nível próximo dos grandes potências. No entanto, se não conseguirem equilibrar a luta nas fases estáticas do jogo, os “lobos” não terão muitas oportunidades para atacar com jogadores com a qualidade de Rodrigo Marta, Tomás Appleton, Raffaelle Storti ou Nuno Sousa Guedes.

Com 55 internacionalizações e a responsabilidade de líder a equipa dentro do relvado, Tomás Appleton, na antevisão da “final” contra os Estados Unidos, destacou a “diferença de DNA” das duas equipas, realçando a forma como os “lobos” gostam de atacar: “Nos queremos mesmo jogar um râguebi rápido, com a bola na mão, dando às nossas linhas atrasadas todas as oportunidades para correrem.”

O capitão de Portugal refere que os jogadores portugueses estão “muito confiantes” após “duas boas vitórias” em que marcaram “muitos ensaios na primeira fase”, mas alerta para as dificuldades que os “lobos” vão encontrar para conseguirem o último bilhete para o Mundial de râguebi, o maior evento desportivo de 2023: “Sabemos que os EUA têm avançados muito fortes e são muito físicos. Teremos que nos concentrar na nossa defesa e, se nos sairmos muito bem na defesa na primeira e da segunda fase, seremos capazes de travar o ímpeto deles. Acho que essa será uma das chaves do jogo.”

Para esta partida decisiva, o seleccionador nacional Patrice Lagisquet escolheu o seguinte “XV”: 1 - Francisco Fernandes; 2 – Mike Tadjer; 3 – Diogo Hasse Ferreira; 4 – Steevy Cerqueira; 5 – José Madeira; 6 – João Granate; 7 – Rafael Simões; 8 – Thibault de Freitas; 9 – Samuel Marques; 10 – Jerónimo Portela; 11 – Rodrigo Marta; 12 – Tomás Appleton; 13 – José Lima; 14 – Raffaelle Storti; 15 – Nuno Sousa Guedes.

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