Os anos em que Paula Rego se libertou das colagens e do patriarcado

Na Casa das Histórias, em Cascais, duas exposições tentam desvendar um período menos conhecido de Paula Rego — os anos 70. A década que viu chegar a liberdade a Portugal não foi fácil para a artista.

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Corrida às Urnas, de 1969 (colecção particular) , questiona a participação das mulheres nas primeiras eleições realizadas após a saída de Salazar da chefia do Governo CARLOS POMBO

A 31 de Julho de 1974, três meses depois do 25 de Abril, um programa da RTP transmite uma pequena conversa com Paula Rego a propósito da exposição individual que inaugurara na Galeria da Emenda, em Lisboa. Neste vídeo que encontramos numa das duas exposições que a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, organiza sobre a obra da pintora cinco meses após a sua morte — uma sobre a produção dos anos 70, outra sobre a sua recepção crítica —, ela surge radiosa, vivíssima, já dominando plenamente a personagem Paula Rego, aquela com que há-de apresentar-se (e esconder-se) publicamente ao longo de toda a sua vida, dentro e fora das telas.

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