Deslocação ao Bessa voltou a ser cómoda para o FC Porto

Com golos de Marcano, Eustáquio e Galeno, por duas vezes, os “dragões” derrotaram pela décima vez consecutiva o Boavista no seu estádio.

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LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

Começa a ser uma tradição, que confirma o conforto que o FC Porto sente na mais curta deslocação da época: pela décima vez consecutiva, os “dragões” venceram o Boavista no Estádio do Bessa. Num derby portuense em que as “panteras” foram inofensivas durante 75 minutos para Diogo Costa, os portistas chegaram à vantagem em cima do intervalo - Iván Marcano voltou a marcar -, e, na segunda parte, já depois de o Boavista ficar reduzido a dez jogadores, o FC Porto, com golos de Eustáquio e Galeno, por duas vezes, confirmou um triunfo sem sobressaltos, por 4-1.

Sem margem para esbanjar mais pontos antes da paragem para a realização do Mundial do Qatar, Sérgio Conceição apresentou no Bessa a versão do FC Porto com mais tracção à frente. Embora tivesse alertado na véspera que os derbies portuenses habitualmente são “intensos”, o treinador portista atacou o Boavista com dois laterais mais competentes a atacar do que a defender (Pêpe e Wendell), colocando Galeno, Taremi e Evanilson como principais ameaças à baliza “axadrezada”.

Embora mais cómodo na luta por cumprir os seus objectivos na I Liga, Petit tinha um problema para resolver: os fracos desempenhos da sua equipa. Em claro sub-rendimento no último mês – quatro derrotas e dois empates -, o Boavista apresentou-se frente aos “dragões” praticamente com o mesmo “onze” que tinha mostrado muito pouco na última jornada frente ao Rio Ave: a troca de Seba Pérez por Makouta era a única novidade.

A aposta do técnico boavisteiro de manter quase tudo igual revelou-se um flop. Decidido em fazer rapidamente o xeque-mate aos “axadrezados”, o FC Porto, na primeira dezena de minutos, criou uma mão cheia de oportunidades, com o quinteto defensivo de Petit, onde havia apenas um central de raiz (Sasso), a mostrar muita permeabilidade.

Porém, aos poucos, o Boavista foi libertando-se da pressão. Embora apenas por uma vez, e de forma tímida, tivessem conseguido importunar a defesa portista – remate enrolado e fraco de Yusupha -, as “panteras” já não estavam encostadas às cordas e, aparentemente, pareciam ter argumentos para causarem incómodos aos “dragões”.

Expulsão de Cannon

No entanto, na fase de menor fulgor, o FC Porto chegou ao golo que colocou justiça no marcador ao intervalo: aos 41’, após um canto, Evanilson desviou ao primeiro poste e, com muita liberdade, Marcano fez de forma fácil o primeiro golo, igualando Jorge Costa e José Carlos como centrais mais goleadores da história dos portistas.

No regresso dos balneários, o FC Porto não tinha Evanilson, que se lesionou no último lance do primeiro tempo - entrou Toni Martínez, mas o Boavista, apesar de ter sido quase inofensivo em 45 minutos, manteve tudo na mesma.

Com os “dragões” menos pressionantes, as “panteras” até começaram o segundo tempo com mais bola, mas continuavam a ser inofensivas. Petit, aos 56’, mexeu sem arriscar - Agra e Masa por Gorré e Bruno Lourenço -, mas, quase de imediato, qualquer estratégia “axadrezada” ruiu, com o segundo amarelo mostrado a Cannon.

Em vantagem numérica, o FC Porto aproveitou para subir de novo o ritmo, conseguindo rapidamente o segundo: aos 64’, Eustáquio fez o quinto golo na época.

A partir daí, pouco mais havia para decidir. Petit ainda lançou Bozeník, que precisou de três minutos para fazer mais do que Yusupha em 72 - remate do eslovaco ao poste de Diogo Costa -, mas o golo acabou por surgir na baliza de Bracali: Otávio serviu Galeno, que fez o 3-0.

Já nos descontos, o Boavista ainda reduziu - Gorré acertou no poste e a bola entrou na baliza após bater nas costas de Diogo Costa -, mas na resposta Galeno bisou, fechando as contas do derby numa goleada, por 4-1.

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