Bagnaia sagra-se campeão do Mundo de MotoGP

Piloto italiano da Ducati manteve breve duelo com o antecessor Fabio Quartararo. Suzuki despediu-se da competição com triunfo de Alex Rins, que liderou de início a fim.

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Bagnaia assegurou o Mundial de MotoGP de 2022 EPA/Biel Alino

Francesco Bagnaia (Ducati) conquistou este domingo, na última corrida da temporada, no GP da Comunidade Valenciana, o título de campeão Mundial de MotoGP, depois de um duelo com o francês Fabio Quartararo, campeão em 2021, que serviu para confirmar o favoritismo do piloto italiano, a quem bastava somar dois pontos para suceder ao seu rival directo.

Alex Rins deu à Suzuki um triunfo na última corrida da equipa japonesa, enquanto Quartararo não foi além do quarto lugar, cinco à frente de Bagnaia.

Quartararo estava obrigado a vencer e a esperar que Bagnaia terminasse abaixo do 14.º classificado, o que, não sendo impossível, se apresentava como cenário improvável. Bagnaia partiu do oitavo posto, quatro posições atrás de Quartararo, podendo fazer uma corrida menos arriscada, até para evitar uma queda que deitasse tudo a perder.

Ainda assim, logo no arranque os dois candidatos ficaram lado a lado, tendo mesmo sido incapazes de evitar o contacto, de que resultaram ligeiros danos na Ducati e na Yamaha. A dupla prosseguiu um breve duelo, alternando na discussão do quinto e sexto lugares, o que servia as ambições do italiano.

A queda de Marc Marquez colocou o francês mais perto do primeiro lugar, mas sem grandes expectativas de alcançar o trio da frente, formado por Alex Rins, Jorge Martin e Jack Miller (que teve uma queda). Isto antes de Brad Binder se intrometer nesta luta, numa altura em que Bagnaia foi cedendo posições até ao nono posto, acabando, inclusive, por ser ultrapassado pelo português Miguel Oliveira.

Saído do 14.º lugar, Miguel Oliveira levou a KTM, na sua última corrida pela equipa austríaca, ao quinto lugar. O português perdia, ainda assim, a nona posição do Mundial para Jorge Martin, que fazia uma corrida nos lugares de pódio.

No final, Miguel Oliveira tentou não ceder à emoção da despedida, mostrando-se preparado para mudar o estado de espírito a partir da meia-noite, altura em que passará a dedicar-se exclusivamente à Aprilia.

“É um momento emotivo. É uma despedida ao fim de vários anos de muitas conquistas e emoções partilhadas na KTM... boas e más. Mas isso é mesmo assim. Não deixei nenhuma gota de suor por gastar e estou orgulhoso. Muitas vezes fiquei aquém do que posso fazer, como hoje. Mas saí de 14.º e não podia esperar muito mais”, disse o piloto português, que fez um balanço positivo da época.

“Acabar o campeonato no décimo lugar, depois de um ano com todos os altos e baixos num campeonato de elite, não é mau de todo. O quinto lugar em Valência deixa a sensação de que podíamos ter feito mais. Mas andei com a pressão demasiado alta no pneu da frente, estive perto de cair por várias vezes, mas cheguei ao final com capacidade para atacar o Joan Mir”, assumiu.

Miguel Oliveira revelou o desejo “de todos os chefes da KTM” de o verem regressar, mas preferiu focar-se no futuro.

“Disseram-me que voltaria em breve. Não sei se é a emoção do momento ou se é mesmo genuíno. Mas a ideia com que fico é que querem mesmo que volte rápido. No entanto, à meia-noite o meu foco muda e estou entusiasmado com o futuro”.

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