O PSD, a IL e o CDS não têm sentido separados

O que mais impressiona na fragmentação da direita é a sua artificialidade. O eleitorado é muito mais homogéneo do que os partidos pensam e tem pouquíssima paciência para as nuances ideológicas.

Talvez este exercício de história alternativa seja mais lúdico do que útil, mas imaginemos por um instante que nas legislativas de 2015 o PSD e o CDS tinham continuado no poder, resultado para o qual precisavam de apenas mais oito deputados. Chegados a 2019, os dois partidos acumulariam oito anos de governação conjunta. Quem pode apostar que, depois desse tempo todo de união, voltariam a ser dois partidos inteiramente separados? O mais provável é que a coligação Portugal à Frente fosse institucionalizada numa qualquer espécie de plataforma comum. Nesse cenário, Passos e Portas não teriam abandonado as lideranças, Costa não teria sido primeiro-ministro, a IL não se ouviria, o Chega e a “geringonça” não existiriam, e o ego inquieto do vereador Ventura teria sido consolado, mais tarde ou mais cedo, com o lugar de secretário de Estado da Protecção Civil ou das Autarquias Locais.

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