Saúde de plátanos centenários em Ponte de Lima avaliada após interdição de avenida

Há 27 plátanos com a possibilidade de queda de ramos, incluindo ramos grandes, que podem causar situações de perigo.

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A queda de ramos dos plátanos pode pôr em causa a segurança de pessoas e bens Adriano Miranda

A avaliação fitossanitária dos 83 plátanos da principal avenida urbana de Ponte de Lima vai iniciar-se na próxima semana, depois da total interdição daquela zona, na sequência da queda de ramos de grandes dimensões, foi esta sexta-feira divulgado.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Ponte de Lima, Vasco Ferraz, explicou que o município abriu um concurso público para contratar uma empresa especializada, para tratar dos plátanos de acordo com um estudo feito pela da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

“A empresa tem disponibilidade para entrar em obra no início de Novembro, caso as condições climatéricas assim o permitam”, explicou o autarca do CDS-PP.

Vasco Ferraz explicou que a intervenção será realizada de acordo como estudo da UTAD, sendo que, “ao mesmo tempo, enquanto vai sendo feito o abate ou tratamento dos ramos que apresentem algum problema, a universidade irá “vai fazer novo estudo, com técnicas ainda mais evoluídas, no sentido de se perceber se há mais ramos em risco de queda”.

“Não queremos colocar, nem as pessoas, nem os bens, em perigo”, sublinhou o autarca, especificando que, “há cerca de duas semanas, caiu um ramo de grandes dimensões, que não estava referenciado no estudo”.

Segundo Vasco Ferraz, o estudo da UTAD, concluído em final de Setembro, “dá nota da existência de 27 plátanos com a possibilidade de queda de ramos e ramos de grandes dimensões, porque têm problemas”.

Vasco Ferraz adiantou que a queda inesperada de um ramo de grandes dimensões causou “preocupação” no executivo municipal, que decidiu pela “interdição total da Avenida dos Plátanos, do passeio 25 de Abril, uma parte da Rua João Rodrigues de Morais, e uma parte do estacionamento também no areal, junto ao rio Lima, a transeuntes, carros ou até mesmo a utilização da zona para a feira quinzenal, feira de antiguidades, de artesanato e todas as actividades que lá se pudessem desenvolver”.

“Tomámos a decisão de interditar, com alguma relutância, mas com grande sentido de responsabilidade, exactamente para não pormos em perigo as pessoas e os bens. Enquanto não terminarmos os trabalhos, e tivermos a certeza de que o espaço está em segurança, não voltaremos a abrir”, garantiu.

A empresa agora contratada “vai fazer o tratamento dos ramos que têm alguns problemas, de acordo com estudo, e uma análise para perceber se efectivamente o trabalho executado tem de ir além do estudo”, apontou, referindo que a intervenção prevê “o abate de ramos, tratamento de fendas, selagem de ramos que já foram cortados para manter a segurança num espaço de visitação muito grande”

“Se houver necessidade de abater plátanos que estão com problemas já tão determinantes que não se consigam salvar, começaremos a fazer a sua substituição para não perder aquele capital que temos, até porque a avenida é área protegida e devemos manter o espaço, tal e qual como ele é”, reforçou.

Em causa está uma zona pedestre, com cerca 450 metros de extensão, junto ao rio Lima, onde, em 1901 foram plantados 83 plátanos.

A designada avenida dos plátanos foi alvo de obras de requalificação do pavimento, canteiros e mobiliário urbano, que terminou em Junho de 2013.

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