Trás-os-Montes

Terra Fria, Alma Quente: as pessoas e as paisagens que não vivem sem os burros

“Era apaixonada por burros, mas nunca imaginei ter um”, diz Cláudia Costa, que lhes dedicou uma exposição de fotografia. Agora para ver, de 14 de Março a 11 de Maio, na Casa da Cultura de Miranda do Douro

Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente" Cláudia Costa
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Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente" Cláudia Costa

"Um pastor sem rosto que conduz o rebanho debaixo de neve. O sorriso de quem tricota na rua no conforto da Primavera. A manta de retalhos desenhada pelos campos e o olhar doce de cães e burros. Fragmentos da vida quotidiana que marcam o ritmo e a continuidade de um lugar."

“Era apaixonada por burros, mas nunca imaginei ter um”. Há uns meses, durante uma ida à dentista e ao ferrador, Cláudia Costa (Lisboa, 1984) contava à Fugas a sua história, que já se confunde com a do Livro Genealógico da Raça Asinina de Miranda do qual é gestora. Por causa deles, dos burros, em Janeiro de 2011 trocou a cidade pelo campo, iniciando uma viagem de descoberta pelo nordeste transmontano e sua ruralidade.

Se há uns anos “nem sabia o que os burros comiam”, hoje a militante da AEPGA, Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino, sabe tudo e mais qualquer coisa sobre os burros e os burrancos, o sotaque, as paisagens da região e as pessoas que, pouco a pouco, vão acarinhando os animais, que durante gerações foram apenas burros de carga. "Já são muitos anos. Já sou mais mirandesa."

Cláudia acabou por se deixar ficar por estas terras que a inspiraram, retratando o quotidiano que a rodeia através da fotografia, sempre de forma "amadora e livre".

Na exposição Terra Fria, Alma Quente, uma "viagem pelas estações do ano", Cláudia Costa conta-nos "estórias da Terra Fria Transmontana: das paisagens e das pessoas que a habitam, da sua simbiose e dos ciclos – continuados e quebrados – construídos em conjunto". "Regista e transporta-nos assim para a intimidade de um mundo que, longe de estar em desaparecimento, está em transformação. Retratos do dia-a-dia de uma ruralidade viva, feita de uma terra fria e de pessoas de alma quente."

  • De 29 de Outubro a 18 de Dezembro no Posto de Turismo de Mogadouro
  • De 14 de Março a 11 de Maio na Casa da Cultura de Miranda do Douro 

Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente"
Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente" Cláudia Costa
Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente"
Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente" Cláudia Costa
Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente"
Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente" Cláudia Costa
Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente"
Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente" Cláudia Costa
Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente"
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Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente"
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Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente"
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Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente"
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Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente"
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Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente"
Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente" Cláudia Costa
Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente"
Imagem incluída na exposição de fotografia "Terra Fria, Alma Quente" Cláudia Costa