PSD diz que OE traz “poucas novidades” e que “as perspectivas são desanimadoras”

A reacção à proposta de Orçamento do Estado para 2023 entregue por Fernando Medina coube ao líder do grupo parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento.

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Joaquim Miranda Sarmento, líder parlamentar do PSD, reagiu ao OE2023 Ricardo Lopes

As críticas do PSD à proposta de Orçamento do Estado para 2023 assentaram em três notas e foram feitas com a barragem do Alqueva como fundo. A reacção coube ao líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, que considerou as perspectivas de crescimento económico para o próximo ano como “desanimadoras” e que trazem “poucas novidades” face à estratégia que o executivo socialista tem vindo a seguir.

Em primeiro lugar, “é um Orçamento do Estado em linha com os últimos sete deste Governo” e que “mantém uma linha económica que não traz crescimento para Portugal”. Em segundo lugar, continuou, “é um Orçamento que mantém o empobrecimento” e que “será generalizado para a maioria dos portugueses”, sejam pensionistas ou trabalhadores. Em terceiro e último lugar, concluiu Miranda Sarmento, “é um orçamento com muitas promessas, mas quando olhamos para o historial de execução vemos que fica aquém”.

Apesar de olhar para esta proposta como “apenas um ponto de partida” de uma estratégia “que devia ser para os próximos quatro anos”, Miranda Sarmento considera que este orçamento “não altera a política económica dos últimos sete anos, que tem levado Portugal a divergir face aos restantes países da União Europeia”.

Questionado sobre o que falta na proposta orçamental, o economista respondeu que o PSD apostaria na “competitividade da economia e na produtividade”, pois “sem crescimento económico e produção de riqueza (...) não é possível pagar melhores salários e também não há receita fiscal para melhorar os serviços públicos”, afirmou o líder do grupo parlamentar social-democrata, na praia fluvial de Monsaraz, no concelho de Reguengos de Monsaraz, em Évora.

Sem entrar em detalhes, Miranda Sarmento argumentou que os problemas estruturais do país “estão identificados” e que, até agora, “nestes seis meses”, não viu no executivo liderado por António Costa “qualquer ímpeto reformista para ultrapassar esses estrangulamentos da produtividade e da competitividade da economia portuguesa”.

Embora tenha sido questionado pelos jornalistas, Luís Montenegro não quis fazer comentários sobre o Orçamento do Estado para 2023. O líder social-democrata estará durante toda a semana a visitar os concelhos de Évora, numa iniciativa que se reproduzirá por todos os distritos do país durante uma semana por mês, e que visa aproximar o líder do PSD das bases do partido e dar-se a conhecer ao eleitorado.

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