Furacão Ian faz 45 mortos e segue em direcção à Carolina do Sul

Autoridades da Florida confirmam várias mortes por afogamento e o número de vítimas pode aumentar. O furacão segue, agora, para a Carolina do Sul.

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Grande parte da Florida ficou inundada e muitos edifícios ficaram destruídos com a passagem do furacão EPA/GARY BOGDON

O número de mortos nos Estados Unidos devido à passagem do furacão Ian subiu para 45, depois de as autoridades do Estado da Florida terem confirmado vários óbitos por afogamento.

As autoridades temem que o número de vítimas mortais aumente quando tiverem a oportunidade de vasculhar as áreas mais atingidas pelo Ian. O olho do furacão atingiu na sexta-feira a costa da Carolina do Sul, com ventos de até 240 quilómetros por hora, após deixar um rasto de destruição em todo o estado norte-americano da Florida no início da semana.

De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, o furacão chegou na tarde de sexta-feira perto da cidade de Georgetown. Pouco antes da chegada da tempestade, o Presidente norte-americano, Joe Biden, exortou os habitantes a ouvirem os alertas das autoridades locais, tendo aprovado uma declaração de estado de emergência.

O Ian atingiu na quarta-feira a costa do Golfo da Florida como um poderoso furacão de categoria quatro (a segunda mais elevada) com ventos de 240 quilómetros por hora, inundando residências. Antes de afectar a costa, as chuvas derrubaram árvores e linhas eléctricas, deixando muitas áreas na península de Charleston debaixo de água.

O Departamento da Polícia da Florida indicou que muitas das mortes foram afogamentos, incluindo a de uma mulher de 68 anos que foi arrastada para o mar por uma onda.

Um homem, de 67 anos, que estava à espera de ser resgatado, morreu depois de cair nas águas que estavam a submergir a sua casa e uma mulher, de 22 anos, morreu num tractor que capotou por causa de uma inundação numa estrada no condado de Manatee, segundo as autoridades locais.

Também morreu um homem de 71 anos por ferimentos na cabeça após ter caído de um telhado enquanto colocava persianas. Uma mulher de 80 anos e um homem de 94 anos que dependiam de ventiladores também morreram depois de o equipamento ter deixado de funcionar devido às falhas no fornecimento de energia, que afectaram quase 2,7 milhões de pessoas.

Outras três pessoas morreram em Cuba quando a tempestade seguiu para Norte no início da semana.

No país caribenho, o furacão Ian deixou 11,2 milhões de habitantes sem electricidade na noite de terça-feira devido a “uma avaria”, confirmou a eléctrica estatal. Num comunicado, a empresa Unión Elétrica (UNE) disse que a rede nacional cubana estava “numa situação excepcional e sem fornecimento de electricidade no país”.

A falha atingiu inicialmente cerca de um milhão de pessoas nas províncias ocidentais de Cuba, mas posteriormente toda a rede deixou de receber energia. Cuba estava já a atravessar uma crise energética, uma vez que, da capacidade total de geração do país de 3 mil megawatts (MW), apenas 1824 estavam em funcionamento.

O furacão Ian chegou na manhã de terça-feira à província de Pinar del Rio, no oeste de Cuba, onde as autoridades disponibilizaram 55 abrigos e retiraram 50 mil pessoas das suas casas.

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