Montenegro diz que assumirá responsabilidades quando for preciso “encarreirar o Governo”

No primeiro Conselho Nacional do PSD desde que assumiu a liderança, em Julho, Luís Montenegro quis mostrar um partido “unido, coeso, focado”, em contraste com “um Governo sem norte, à deriva, desorientado”.

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Luís Montenegro na reunião do Conselho Nacional do partido, em Lisboa, nesta quinta-feira LUSA/MIGUEL A. LOPES

O presidente do PSD afirmou esta quinta-feira que assumirá a responsabilidade de “encarreirar o Governo”, sempre que for necessário, em nome do interesse nacional, frisando que, no caso do aeroporto, o executivo “nem a metodologia conseguiu fazer em sete anos”.

Na sua intervenção inicial no primeiro Conselho Nacional do PSD desde que assumiu a liderança, em Julho, Luís Montenegro procurou apresentar o contraponto de um partido “unido, coeso, focado”, em contraste com “um Governo sem norte, à deriva, desorientado”.

“Quando for preciso encarreirar para fazer, estaremos cá, mas é para fazer bem, a bem de Portugal”, disse.

No final de um discurso de 45 minutos, aberto à comunicação social, Montenegro referiu-se ao acordo com o Governo quanto à metodologia para a futura solução aeroportuária para a região de Lisboa.

“Sempre que for necessário pormos o interesse do país à frente, nós não nos vamos eximir a essa responsabilidade de encarreirar os trabalhos do Governo e orientá-lo de maneira que não se precipite com decisões que não têm viabilidade, não têm sustentação, como a que foi publicada em Diário da República e revogada depois”, afirmou, numa referência do despacho do Ministério das Infra-estruturas depois anulado pelo primeiro-ministro sobre o aeroporto.

O líder do PSD admitiu que possa haver quem desvalorize “tanto trabalho” para apenas se chegar a acordo sobre a metodologia.

“É verdade, porque o Governo nem a metodologia conseguiu fazer em sete anos. A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) que vai ser feita no próximo nunca foi feita”, frisou, salientando que esta direcção manteve o compromisso que já tinha sido pedido pelo ex-líder Rui Rio ao Governo.

“Nós não adiámos decisão nenhuma um ano, nós demos ao país uma decisão que o país nunca tinha tido”, afirmou.

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