Antes que os filhos ceguem, estes pais levam-nos a viajar: “Vamos ver a beleza do nosso mundo”

Mia, Colin e Laurent têm entre 5 e 12 anos. Sofrem de uma condição genética rara que poderá levar à perda de visão. “Não vamos mostrar-lhes um elefante num livro, vamos levá-los a ver um elefante verdadeiro”, pensaram os pais, Edith Lemay e Sebastien Pelletier.

amor,viagens,fugas,saude,turismo,ambiente,
Fotogaleria
Edith, Sebastien e os quatro filhos Plein Leurs Yeux
amor,viagens,fugas,saude,turismo,ambiente,
Fotogaleria
A viagem deve terminar em 2023 Plein Leurs Yeux
amor,viagens,fugas,saude,turismo,ambiente,
Fotogaleria
“Não são só as paisagens que eles vão recordar, mas também as diferentes culturas e pessoas.” Plein Leurs Yeux
amor,viagens,fugas,saude,turismo,ambiente,
Fotogaleria
“A viagem fez com que todos perceberem a importância de se viver o momento.” Plein Leurs Yeux
viagens,fugas,saude,turismo,ambiente,
Fotogaleria
A viagem deve terminar em 2023 Plein Leurs Yeux

Encher os olhos. Salta à vista o nome da conta de Instagram de uma família canadiana, Plein Leurs Yeux, de seis elementos dos quais três filhos estão a ficar cegos. Em Março de 2022 partiram de viagem, “um ano à volta do mundo” à procura de “preencher a memória visual” de Mia, 12 anos, Colin, sete, e Laurent, cinco. “Vamos ver a beleza do nosso mundo!”

Leo, de nove anos, é o único de quatro filhos que escapou ao diagnóstico de uma condição genética rara chamada retinite pigmentosa, uma degeneração rara e progressiva da retina que causa declínio ou perda da visão.

Foto
Plein Leurs Yeux
Foto
Plein Leurs Yeux
Foto
Plein Leurs Yeux

Edith Lemay e Sebastien Pelletier receberam a notícia quando Mia tinha apenas 1 ano. A filha mais velha ainda não perdeu a visão, mas entretanto ganhou três irmãos e uma grande aventura em família.

Segundo Lemay, em declarações à CNN, não há nada que se possa fazer, tendo em conta que actualmente não há nenhuma cura ou tratamento. “Não sabemos o quão rápido a degeneração vai acontecer, mas sabemos que eles podem ficar completamente cegos na meia-idade”, afirmam.

Foi assim que pensaram numa espécie de cura alternativa. “Não vamos mostrar-lhes um elefante num livro, vamos levá-los a ver um elefante verdadeiro. E vamos encher a memória visual deles com as melhores e mais belas imagens que pudermos”, explicam os pais. “Não são só as paisagens que eles vão recordar, mas também as diferentes culturas e pessoas.”

Foto
As pessoas que vão conhecendo pelo caminho são uma parte importante da viagem Plein Leurs Yeux

O casal passou então a concentrar energias em ajudar os filhos a desenvolverem capacidades, a fazerem as coisas por si próprios. Uma das que consideram mais importantes, e que terão mais dificuldade em fazer sozinhos no futuro, perceberam, será a de viajar e a de absorver os diferentes cenários do planeta.

A família tinha tudo pronto para começar a aventura em Julho de 2020, mas a pandemia adiou-lhe os planos, que viriam, por fim, a concretizar-se este ano. A viagem começou na Namíbia, de onde depois seguiram para a Zâmbia e a Tanzânia. Já passaram depois um mês na Turquia e daí seguiram para a Mongólia e a Indonésia.

Foto
Plein Leurs Yeux
Foto
Plein Leurs Yeux
Foto
Plein Leurs Yeux

“Estamos muito focados na fauna e na flora. Vimos animais incríveis em África. Estamos realmente a tentar fazer com que os nossos filhos vejam coisas que não veriam em casa e, claro, a terem experiências incríveis”, contam Lemay e Pelletier. “Esta viagem abriu os nossos olhos para muitas outras coisas. Queremos muito aproveitar o que temos e as pessoas que estão ao nosso redor”, junta Sebastien.

A família planeia voltar a casa, no Quebeque, lá para Março de 2023. E, até então, pretendem ver e viver muito mais experiências únicas. Para já, dizem não querer fazer muitos planos e tentar viver um dia de cada vez. “A viagem fez com que todos percebêssemos a importância de viver o momento.”

Para seguir a família nas redes: Instagram Facebook

Sugerir correcção
Comentar