Implacável Iga Swiatek conquista terceiro major aos 21 anos

Polaca impôs-se no US Open. Desde 2008 que não havia uma tenista tão jovem a ganhar tantos torneios do Grand Slam.

Swiatek: “É a confirmação de que o céu é o limite”
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Swiatek: “É a confirmação de que o céu é o limite” Reuters/Robert Deutsch
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Nos últimos 15 anos, só três tenistas venceram, no mesmo ano, torneios do Grand Slam em superfícies diferentes: Serena Williams, Justine Hénin e, desde sábado, Iga Swiatek. Aos dois troféus ganhos na terra batida de Roland Garros (2020 e 2022), a polaca juntou um terceiro, nos pisos duros do US Open. As dúvidas causadas pelo nível exibido nas rondas iniciais deram lugar a uma enorme qualidade tenística e à certeza de que está pronta para conquistar muito mais

“Certamente que não estava à espera. É também a confirmação de que o céu é o limite. Estou orgulhosa, mas também um pouco surpreendida”, afirmou Swiatek, depois de derrotar a tunisina Ons Jabeur, por 6-2, 7-6 (7/5), elevando para sete os títulos na mesma época.

Swiatek entrou na final em modo “campeã de majors”, com uma intensidade e uma profundidade de bola que não deixaram a adversária entrar em jogo. Jabeur viria a ganhar um único jogo de serviço no set inicial, quando reduziu para 1-3, e ainda devolveu o break, mas a polaca não baixou a pressão sobre o serviço da tunisina. A líder do ranking entrou na segunda partida com novo break, altura em que Jabeur fez apelo ao seu espírito de luta e, com a ajuda do público, conseguiu reescrever uma história diferente da do set anterior e recuperou de 2-4 para 4-4.

Swiatek baixou um pouco de eficácia e a jogadora árabe teve mais oportunidades para atacar. Contudo, cometeu erros não forçados em três break-points, a 4-4, e teve de salvar um match-point a 5-6. No tie-break, onde só se registaram três pontos ganhos por quem serviu, a incerteza prolongou-se até ao 5/5, quando Jabeur cometeu dois erros de direita consecutivos.

Swiatek abordou a final com uma determinação e certeza que não eram vistas desde 5 de Junho, quando triunfou em Roland Garros. Daí até ao US Open, a líder do ranking WTA ganhou apenas seis encontros, menos um que na quinzena nova-iorquina — nos primeiros seis meses do ano, tinha ganhado 37 encontros consecutivos. “Em Roland Garros, a pressão foi enorme porque todos esperavam que vencesse. Aqui, soube lidar com mais baixas expectativas, penso que as pessoas não esperavam muito de mim em hardcourts. Por isso, Roland Garros foi mais duro mentalmente, mas aqui foi mais duro em termos de ténis e físico”, garantiu a primeira tenista neste século a ganhar 10 finais seguidas sem perder um set.

Jabeur, igualmente derrotada no derradeiro encontro de Wimbledon, dois meses antes, teve o mérito de ser a primeira a “roubar” mais de três jogos num set nessas finais. Vai subir ao segundo lugar do ranking e sente-se mais preparada para conquistar um torneio do Grand Slam. “Tentei, mas a Iga não facilitou. Foram duas semanas espantosas, dando seguimento à final de Wimbledon. Um dia vamos conquistar esse título”, frisou a primeira africana e a primeira árabe a disputar uma final num major.

Swiatek é também a mais jovem a obter três títulos do Grand Slam, desde Maria Sharapova, em 2008. Com o terceiro título do Grand Slam e vitórias nos últimos 10 duelos frente a adversárias do top 10, a polaca consolidou o estatuto de número um do ranking mundial. E embolsou 2,5 milhões de euros.

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