Oceanman arranca neste sábado na Madeira

Mais de 600 atletas vão competir durante dois dias na primeira etapa em Portugal do maior circuito mundial de natação em águas abertas.

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OSGA PHOTO / João Costa Ferreira

Vão ser dois dias com níveis de intensidade diferentes, mas que têm como objectivo final reforçar o estatuto da Madeira no panorama internacional da natação em águas abertas. Depois de em 2020 e 2021 o Funchal ter sido palco do Madeira Island Ultra-Swim (MIUS), este ano a competição deu um passo rumo à internacionalização associando-se ao Oceanman, o maior circuito mundial da modalidade.

Assim, neste sábado, logo ao início da manhã, as primeiras braçadas serão dadas na Calheta, onde haverá a largada da prova “rainha” da competição: a “Ultra Oceanman”, prova de 30 quilómetros que levará os nadadores num percurso non-stop até ao Funchal.

Organizado pela Associação de Natação da Madeira (ANM), a competição terá seis etapas, sendo que cinco estão incluídas no Oceanman e uma será uma prova MIUS, que contará para o circuito nacional.

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OSGA PHOTO / João Costa Ferreira

O arranque da competição acontecerá na Calheta, perto do extremo Oeste da Madeira, de onde mais de 30 atletas vão partir para um percurso de 30 quilómetros que contará com passagens pela Madalena do Mar, Ponta do Sol, Ribeira Brava, Fajã dos Padres, Câmara de Lobos e Ponta Gorda, terminado no cais do Funchal.

Uma hora mais tarde, em Câmara de Lobos, começa a etapa “Oceanman” (10km) e, às 10h30, na Ponta Gorda, partem os nadadores para a “Half Oceanman” (5km).

No domingo, será a vez de se realizarem os percursos menos exigentes. As primeiras braçadas nos 500 metros (“Oceankids”) serão dados a partir da Barreirinha às 10h. Uma hora depois, no mesmo local, arranca a distância de 1.5 quilómetros. Pelo meio (10h30), a única prova MIUS (3.5 quilómetros) partirá do Hotel Next.

Responsável pela organização do evento, Avelino Silva, presidente da ANM, explica que para a edição deste ano “o trabalho foi maior”. O dirigente refere que existem “responsabilidades e exigências no caderno de encargos” que fizeram a organização “repensar o modelo da prova”, embora “o desenho e a arquitectura” do evento não tenham “mudado muito”.

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Avelino Silva, presidente da Associação da Natação da Madeira

A inclusão da distância dos 500 metros, salienta, teve “o objectivo de aproximar os jovens ao mar num projecto de literacia marítima do Governo Regional da Madeira ao qual” a ANM deu “um contributo”. Já a nível logístico, “a grande preocupação foi aumentar as questões de segurança fazendo uma aquisição grande de equipamentos, já que quase foi dobrado o número de atletas inscritos”.

Olhando para o futuro, Avelino Silva diz ao PÚBLICO que “para além da componente turístico/desportiva”, há o desafio de atrair jovens da região para a modalidade, não só “usufruindo do Complexo das Piscinas Olímpicas do Funchal, mas também com a prática de natação no mar”.

“Seria com grande satisfação que veria daqui a uns anos um atleta madeirense a competir nos Jogos Olímpicos nas águas abertas. O que falta fazer? Criar alguma cultura desportiva de alto rendimento”, conclui o presidente da ANM.

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