Dia calmo na Vuelta deu para a terceira de Pedersen

O ciclista dinamarquês é o maior vencedor de etapas na Volta a Espanha 2022, chegando nesta sexta-feira ao terceiro triunfo.

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Pedersen celebra na Vuelta EPA/Javier Lizon

Aí vão três para Mads Pedersen na Volta a Espanha. O ciclista dinamarquês fez o hat-trick nesta prova, com o triunfo desta sexta-feira na etapa 19 da Vuelta, num final ao sprint em Talavera de la Reina, na zona centro de Espanha.

Depois de ter ganho nas etapas 13 e 16, o velocista voltou a ser o mais forte em finais de etapa que não tenham os principais sprinters na discussão, batendo na meta o britânico Fred Wright e o belga Gianni Vermeersch.

A etapa desta sexta-feira foi surpreendentemente vazia de animação. É certo que não havia montanhas de dureza extrema e que esta etapa está “entalada” entre duas de alta-montanha, mas o perfil do percurso seduziria, em tese, mais ciclistas a irem para a fuga.

Acabou por se colocar em aventura um singelo trio de ciclistas (Caicedo, McNulty e Okamika), controlados à distância pela Trek, apostada em levar Pedersen ao triunfo, e mais tarde pela Bahrain, a querer fazer o mesmo por Fred Wright.

A ideia foi controlar a fuga a partir do pelotão e endurecer o suficiente o ritmo para que sprinters mais pesados passassem dificuldades nas montanhas de segunda categoria e não chegassem ao final da etapa, de perfil plano, incluídos no pelotão – e, mesmo chegando, chegariam sempre mais vazios de energia.

Dito e feito. Os intentos da Trek e da Bahrain foram cumpridos por inteiro, com a fuga a ser neutralizada a cerca de 50 quilómetros da meta por um pelotão já bastante reduzido e com baixas de alguns velocistas.

Acção só já perto da meta. Pedersen, que quilómetros antes tinha andado a fazer de aguadeiro – momento incomum para quem estaria na luta pela etapa – foi o mais forte no sprint.

Para este sábado está desenhada a última etapa para que os ciclistas troquem de posições na classificação. Haverá duas contagens de montanha de segunda categoria e três de primeira, a última com chegada em alto.

Dureza extrema, “sobe e desce” permanente e escaladas espalhadas pelo percurso serão, por certo, critérios suficientes para tácticas criativas por parte de equipas e ciclistas que ainda queiram mexer na classificação – como é o caso de João Almeida, cuja boa forma pode permitir um ataque ao top 5 e eventualmente ao top 4 desta Vuelta.

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