Jacto privado partiu de Espanha e despenhou-se no mar Báltico. Acidente ainda por explicar

Jacto de registo austríaco partiu do aeroporto de Jerez de la Frontera, em Espanha, com destino a Colónia. Despenhou-se ao largo da Letónia depois de ter comunicado que sofrera uma despressurização da cabine.

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O percurso do Cessna 551 desde Jerez de la Frontera até ao mar Báltico FlightRadar24

Um jacto privado despenhou-se este domingo ao largo da Letónia, avançaram serviços de salvamento suecos. O acidente aconteceu ao final da tarde, já depois de a NATO ter mobilizado caças para acompanhar a trajectória do avião, que se despenhou em circunstâncias misteriosas.

Na aeronave Cessna seguiriam quatro pessoas, segundo o jornal alemão Bild, que não cita qualquer fonte. O espanhol El País refere que os passageiros pertenciam a uma família alemã, proprietária da aeronave, e que o homem teria 72 anos e seria dono de uma empresa aeronáutica especializada em voos privados. Iria acompanhado da sua mulher, de 68 anos e da filha dos dois, de 26 anos. Seguiria também a bordo outro homem, de 27 anos, que não teria relações de parentesco com os restantes três passageiros.

De acordo com o site FlightRadar24, o jacto de registo austríaco Cessna 551, com matrícula OEFGR, levantou voo às 14h56 (13h56 em Lisboa) do aeroporto andaluz de Jerez de la Frontera, no sul de Espanha. Terá partido com destino a Colónia, na Alemanha. O El País refere que a aeronave comunicou que sofrera uma despressurização da cabine quando atravessava o espaço aéreo francês, o que poderá estar na causa do acidente.

O jacto fez duas mudanças de rota, em Paris e em Colónia, antes de seguir em linha recta em direcção ao Báltico, passando perto da Gotlândia, a maior ilha sueca.

Antes de se despenhar, o jacto tinha sido acompanhado por caças da Alemanha e da Dinamarca, na altura em que passou pelo espaço aéreo desses países. Ambos falharam em estabelecer contacto com o Cessna e não avistaram pessoas no cockpit, de acordo com Johan Wahlstrom, da Administração Marítima Sueca, o que pode indiciar que os passageiros já não estavam conscientes nesta altura.

O voo foi listado no FlightRadar24 como estando rapidamente a perder velocidade e altitude às 19h37 (18h37 em Lisboa). O site deixou de receber informações quando a aeronave seguia a 2100 pés (640 metros), bem longe da altitude de 36 mil pés (cerca de 10.900 metros) programados para a rota.

“Soubemos que o avião se despenhou (no oceano) a noroeste da cidade de Ventspils, na Letónia”, avançou um porta-voz dos serviços de salvamento da Suécia. “Desapareceu do radar”, referiu. A aeronave foi acompanhada no espaço aéreo sueco até esgotar o combustível, já em trajectória descendente.

A Letónia já enviou navios para o local do acidente e pediu à vizinha Lituânia o destacamento de um helicóptero da força aérea para busca e salvamento, segundo um porta-voz da Força Aérea lituana. A mesma fonte tinha adiantado que um caça da missão de policiamento aéreo da NATO no Báltico tinha levantado voo do aeródromo de Amari, na Estónia, para acompanhar o jacto. Não avançou, no entanto, mais detalhes sobre a situação.

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