Talvez o “rei nu” da história estivesse mesmo vestido

A arte imaterial lembra O rei vai nu na variante “a arte vai nua”, porque no que se vende (e não é barato) há apenas títulos, fita e ar.

As discussões acerca do que é ou não é arte são antiquíssimas, variando o tom e a acutilância consoante as épocas e os interesses em jogo. Se causaram polémica o Quadrângulo (ou Quadrado Negro sobre Fundo Branco) que Malevitch apresentou em 1915 ou A Fonte (1917/1964) de Duchamp, um urinol de porcelana comprado numa loja nova-iorquina e assinado “R. Mutt, 1917”, também Manet, Picasso, Matisse, Pollock e tantos outros foram alvo de escárnio, até as suas obras começarem a ser aceites sem relutância e depois tornadas tesouros de museus nacionais, galerias e colecções particulares. Porém, a discussão agora já é outra e bem mais prosaica: será o ar arte?

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