Red Bull acentua domínio na F1 com triunfo de trás para a frente de Verstappen

Equipa austríaca fez a “dobradinha” na Bélgica, deixando a Ferrari a uma distância de segurança. Lewis Hamilton desistiu logo no início da corrida.

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Max Verstappen consolidou a liderança do Mundial EPA/CHRISTIAN BRUNA

Há um fosso profundo entre a Red Bull e a concorrência no Mundial de Fórmula 1 e o Grande Prémio (GP) da Bélgica serviu apenas para reforçar essa ideia. A penalização imposta a Max Verstappen atirou o neerlandês para a 14.ª posição da grelha, mas esse revés foi manifestamente insuficiente para impedir o líder do campeonato de alcançar o nono triunfo em 14 corridas nesta temporada.

Os milhares de espectadores que, neste domingo, elevaram para 360.000 o total de pessoas que passaram pelo circuito de Spa-Fracorchamps ao longo do fim-de-semana assistiram a uma daquelas corridas feitas de trás para a frente. Verstappen já tinha mostrado um andamento de respeito nos treinos e na qualificação e a questão que se levantava era quanto tempo demoraria a recuperar da sanção imposta que sofrera por alterações feitas na unidade motriz.

A resposta é 12, 12 voltas. Do 14.º até ao primeiro posto o neerlandês precisou apenas de 12 voltas, depois de um arranque bem-sucedido e de uma primeira volta que contou com um incidente entre Fernando Alonso (Alpine) e Lewis Hamilton (Mercedes) - o britânico, que fechou por fora a trajectória do espanhol, embateu no pneu traseiro, foi projectado e ficou fora da corrida.

Este assalto à liderança que começou por ser de Carlos Sainz (Ferrari) e também passou por Sergio Pérez (Red Bull) sofreu uma oscilação ligeira com a primeira saída para as boxes, para troca de pneus, mas Verstappen rapidamente repôs a ordem na hierarquia, preparando-se para fixar a volta mais rápida da corrida, com 1m49,354s (cerca de 1,4 segundos mais veloz que qualquer outro piloto em pista).

A partir desse momento, com o neerlandês na liderança e Sergio Pérez no segundo posto, ficou apenas em aberto a luta pela terceira posição do pódio. Charles Leclerc, que partira de 15.º, recuperou até à quinta posição (mas terminou em sexto, uma penalização ditada por ter excedido a velocidade no acesso às boxes), e foi George Russell (Mercedes) a discutir com Carlos Sainz o terceiro posto final. O espanhol foi defendendo a vantagem, que rondou, em média, os dois segundos nas derradeiras voltas, e conseguiu manter a posição.

A supremacia de Max Verstappen traduz-se, agora, em 93 pontos de vantagem sobre o segundo classificado no Mundial de pilotos, que é Sergio Pérez. Charles Leclerc caiu para terceira posição, com 188 pontos, menos três do que o mexicano.

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