Música para trazer os mortos à vida

Boa surpresa, o filme de Agosto ideal para quem ache que o Verão rima com a melancolia.

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Belo musical, daqueles em que as personagens cantam umas para as outras como se estivessem a conversar: Tralala

O “musical”, género morto. E “não se volta dos mortos, já não se faz isso”, como diz uma das muitas canções de Tralala. A solução talvez seja deixar de tentar resgatar o musical do mundo dos mortos e fazer de conta que ele está vivo. Musical, belo musical, daqueles em que as personagens cantam umas para as outras como se estivessem a conversar, é o novo filme (e provavelmente o melhor) dos irmãos Larrieu. E se, até pela língua francesa, se pensa em Demy, Tralala não contém um grama de “evocação”, nem nostálgica nem cinéfila. Dito de outro modo: ao contrário de La La Land, ou do West Side Story de Spielberg, ou das Canções de Amor de Christophe Honoré, Tralala não “homenageia” o musical nem faz de si próprio uma tentativa de ressuscitação do género. Faz-se musical, e é tudo o que importa.

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