Presidente peruano aprova programa para expulsar estrangeiros que cometam crimes

O anúncio ocorre vários dias depois de o primeiro-ministro peruano, Aníbal Torres, ter anunciado a intenção de apresentar um projecto de lei para alargar os crimes que implicariam a expulsão de cidadãos estrangeiros do território peruano.

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Pedro Castillo é alvo de seis investigações por alegada corrupção Presidência do Peru/EPA

O Presidente peruano, Pedro Castillo – alvo de seis investigações por alegada corrupção –, ordenou ao Ministério da Administração Interna que inicie um programa para expulsar “todos os estrangeiros” que cometam crimes no país.

“Ordenei que o programa ‘Regresse ao seu país’ seja iniciado através do Ministério da Administração Interna do Peru para que todos os estrangeiros que cometam crimes no Peru sejam expulsos”, disse o presidente peruano.

“Agradeço a disponibilidade da Embaixada da Venezuela e das demais embaixadas com as quais nos temos coordenado”, acrescentou na sexta-feira Castillo, no Twitter.

O chefe de Estado disse que pretende travar “uma luta frontal contra o crime”, acrescentando que “não se pode permitir que as famílias peruanas, que merecem uma vida tranquila, em paz e liberdade, continuem a ser afectadas”.

O anúncio ocorre vários dias depois do primeiro-ministro peruano, Aníbal Torres, ter anunciado a intenção de apresentar um projecto de lei para alargar os crimes que implicariam a expulsão de cidadãos estrangeiros do território peruano.

A proposta incluiria crimes como o desrespeito pelas restrições impostas para conter a pandemia de covid-19 – incluindo a vacinação obrigatória –, a falta de documentos de identificação, a condução sem carta, o porte de armas de fogo ou explosivos sem autorização ou a posse de drogas e estupefacientes.

O Ministério Público do Peru abriu na quinta-feira uma sexta investigação preliminar contra Castillo, desta vez por alegados actos de corrupção na adjudicação de obras na sua região natal de Cajamarca.

No âmbito desta investigação, foi detida Yenifer Paredes, a irmã mais nova da primeira-dama que foi criada como filha pelo casal presidencial, por suspeita de tráfico de influências envolvendo um projecto de saneamento no distrito de Chota, em Cajamarca.

Na terça-feira, Castillo disse numa mensagem à nação que era vítima de uma “conspiração entre o Congresso, a Procuradoria-Geral da República e um sector da imprensa para desestabilizar a ordem democrática” e “tomar o poder ilegalmente”.

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