Neymar e Messi sem piedade na Liga francesa

O jogador brasileiro foi para casa com um golo e três assistências e ofereceu ao PSG um triunfo fácil no arranque da Liga francesa. Também Messi teve direito ao seu momento, com um dos melhores golos da carreira.

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Neymar mostrou o caminho ao PSG EPA/Mohammed Badra

Director-desportivo, lateral-esquerdo, lateral-direito, médio-centro e até o sistema táctico. O Paris Saint-Germain está a esforçar-se por estar na moda e dotar o plantel de tudo o que a Europa cobiça.

Depois de já terem conseguido no ano passado dois dos laterais mais na moda na Europa, Hakimi e Nuno Mendes, foram agora buscar o director-desportivo que ganhou estatuto no Lille, o português Luís Campos, e foi, depois, “caçar” um médio a ganhar relevância, como era Vitinha. Montada a ideia, Christophe Galtier, o novo treinador, montou o sistema táctico da moda, um 3x4x3 em utilização crescente nos últimos anos. Depois, há Mbappé, Messi e Neymar, que nunca deixaram de estar na moda.

Resumindo: o PSG está na vanguarda e quem sofre com isso são os adversários. A equipa de Paris estreou-se na Liga francesa com um triunfo (5-0) em casa do Clermont, numa noite que trouxe um desempenho de gala.

Com três centrais a darem consistência e qualidade na construção, dois laterais em modo “comboio” e dois médios com requinte técnico, como são Verrati e Vitinha, o PSG sabe que consegue ter forma de activar os movimentos de Messi e Neymar entre linhas, tendo valências variadas em ataque posicional.

As dúvidas eram como se comportaria o meio-campo sem bola e como seria o ataque transições. Vitinha respondeu à primeira questão, com muitas recuperações, e Neymar, Messi e Hakimi responderam à segunda, com um golo num contra-ataque perfeito.

E os lances de golo surgiram com uma facilidade tremenda. Aos 7’ e 9’, viu-se um padrão repetido ainda noutros momentos da primeira parte, com Neymar a aparecer nos locais deixados livres por Messi. Não deu golo na primeira, deu na segunda, numa jogada que envolveu Kimpembe, Mendes e Sarabia (que assume o lugar de Mbappé, lesionado).

Aos 26’ houve um contra-ataque com Messi-Neymar-Messi-Hakimi. E assim se deu uma lição de ataque rápido – afinal, o PSG não é só troca de bola no pé.

Mendes (duas vezes) e Vitinha ainda estiveram perto do golo, mas só aos 30’ surgiu o 3-0, com nova assistência de Neymar, desta vez num livre cabeceado por Marquinhos. Tudo fácil e o brasileiro Neymar ia fazendo o que queria, com diversos passes de categoria, sobretudo em combinações com Messi.

Na segunda parte, o PSG acrescentou outra valência ao seu jogo: mostrou que sabe controlar vantagens com bola. A virtude exibida terá agradado a Galtier, mas trouxe, ao espectador, 45 minutos menos interessantes, apesar de um par de boas oportunidades uma delas de Nuno Mendes, que continua sem conseguir marcar pelo PSG.

Mas ainda faltava o golo de Messi. Como aconteceu? Com Neymar ao barulho, como sempre. O brasileiro poderia ter atirado à baliza, depois de um passe de Messi, mas devolveu a gentileza ao argentino, proporcionando um golo fácil.

Jogo feito? Ainda não. Aos 86’, Messi marcou um dos melhores golos da carreira, com uma bicicleta após domínio de peito (vídeo em baixo).

O argentino foi para casa com o golo da noite e Neymar, que parece mais entrosado do que nunca com Messi, foi para casa com um golo e três assistências.

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