Sonhando com um shinkansen

A infraestrutura ferroviária do Japão é impressionante. Mais de 30.000km de linhas férreas cruzam o país, que tem cerca de quatro vezes a área de Portugal.

Escrevo este artigo a bordo de um shinkansen, o Nosomi 219, um comboio de alta velocidade que me transporta confortavelmente entre Tóquio e Osaka, os dois maiores núcleos populacionais do Japão, numa distância de cerca de 500km. Se tivesse decidido alugar um carro, teria de conduzir durante cerca de sete horas para fazer a mesma deslocação. Usando o emblemático comboio rápido japonês, conhecido em português e em inglês pela designação informal de “comboio-bala”, a mesma viagem é feita em duas horas e trinta minutos, a velocidades que atingem os 300 km/h. Pela janela vejo deslizar rápida, mas suavemente, a paisagem japonesa, intercalando campos de arroz, agregados populacionais (maioritariamente casas de madeira, por tradição e por segurança), instalações industriais, montanhas e florestas. Do lado direito pode ver-se, durante uns minutos, o majestoso Monte Fuji, parcialmente coberto por nuvens, como é comum. A trepidação é quase inexistente e, no conforto de um lugar da classe turística escrevo, com tranquilidade e prazer, esta crónica.

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