A Gala Vinhos do Tejo 2022 premiou no último sábado os vinhos do Tejo, os seus agentes económicos e personalidades, a sua harmonização com a gastronomia nacional e internacional, o enoturismo e as valências que mais se destacaram este ano na região. O evento é promovido pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo e pela Confraria Enófila de Nossa Senhora do Tejo e reuniu mais de 300 pessoas no Hotel dos Templários, em Tomar. No Concurso Vinhos do Tejo, uma das quatro iniciativas com entrega de prémios na gala, quatro empresas venceram com mais do que um vinho: Casal Monteiro, Enoport e Agrovia.
Depois de dois anos de pandemia, o evento regressou ao formato jantar e para além dos já habituais galardões (Prémios Vinhos do Tejo e Concurso Vinhos do Tejo) subiram ao palco os vencedores do concurso de vinhos e iguarias Tejo Gourmet e os eleitos no prémio Tejo Anima.
Na sua 12.ª edição, o Concurso Vinhos do Tejo contou com 166 amostras. Dessas tiveram direito a Medalha Excelência, o Zé da Leonor Reserva Tinto 2020, da Casa Agrícola Rebelo Lopes, e o Quinta do Casal Monteiro Grande Reserva Fernão Pires Branco 2019, da Quinta do Casal Monteiro, que já na edição de 2021 tinha subido ao palco para receber o mesmo prémio mas com o seu Grande Reserva Tinto.
Foram nove os vinhos distinguidos com Grande Medalha de Ouro, com a Enoport Wines a destacar-se com três deles: dois Cabeça de Toiro Grande Reserva, o Branco 2019 e Tinto 2017, e o Quinta São João Batista Grande Reserva Tinto 2018. O agente económico Agrovia conseguiu duas medalhas para a sua Quinta da Lapa, atribuídas ao Reserva branco 2019 e ao Touriga Nacional Reserva Tinto 2018. O mesmo aconteceu com os vinhos Alvarinho & Viognier Reserva Branco 2020 e o Abafado 5 Years Fernão Pires Branco 2016 da Quinta da Alorna. Destaque ainda para o 75 1st Collection Reserva Tinto 2018, acabado de lançar pela Three Quarters Wines, e para o Paciência Moscatel Graúdo Reserva Branco 2018, da Casa Agrícola Paciência. Conseguiram o galardão de “Ouro” 26 vinhos, entre os quais dez brancos e 16 tintos. Já os diplomas de “Prata” foram entregues a quatro brancos, um rosé e nove vinhos tintos.
Foram também distinguidos os melhores brancos e rosés da colheita de 2021: os eleitos foram o Pingo Doce Sauvignon Blanc e Verdelho, o Lagoalva Sauvignon Blanc (também premiado na edição e colheita anterior), e o @batista’s By Pitada Verde Colheita Seleccionada, nos brancos; e o Herdade dos Templários, o Terra de Lobos e o Quinta do Casal Monteiro, nos rosés.
Enólogos do ano são da Enoport
Para reforçar a ligação com os seus agentes económicos, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo atribuiu os Prémios Vinhos do Tejo, que se destinam aos agentes económicos e não aos vinhos em si. São cinco as categorias e, na edição deste ano, o destaque maior foi para a Enoport Wines: arrecadou os prémios Enólogo do Ano, para não um mas dois enólogos, Nuno Faria e João Vicêncio, e Empresa de Excelência. A empresa Santos & Seixo com a sua operação no Tejo, sob o nome Encosta do Sobral, foi eleita Empresa Dinamismo. O Prémio Sustentabilidade foi entregue à Companhia das Lezírias, que celebrava precisamente no sábado 186 anos. Já o Prémio Carreira foi entregue a Pedro Castro Rego, Grão-Mestre da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo e presidente da Federação das Confrarias Báquicas de Portugal.
A 10.ª edição do Tejo Gourmet foi a mais concorrida de sempre, contou com a participação de 63 restaurantes de Portugal continental e ilhas, 33 dos quais em estreia. Segundo nota de imprensa enviada aos jornalistas, a iniciativa teve como “objectivo promover os vinhos do Tejo e aumentar a sua oferta nas cartas vínicas, sendo a avaliação feita com base em harmonizações enogastronómicas”.
O grande vencedor foi o InPar Restaurante by Aroeira Lisbon Hotel, na Charneca da Caparica, ao ser distinguido na categoria Melhor Cozinha Internacional e eleito O Melhor Restaurante do concurso. Com vários trabalhos de excelência, a categoria de Melhor Promoção premiou quatro restaurantes: o Atlântico View e o Mar Aberto, ambos do grupo Miramar, na Nazaré; e o Beef & Wines e o Chalet Vicente, ambos na Madeira. O prémio Revelação foi atribuído em dose dupla, a duas tabernas: a Taberna Portuguesa 1865, em Rio Maior (que se destacou também com a Melhor Entrada), e a Taberna Zé Cristino, na Urqueira, em Ourém. Também premiados foram os restaurantes Burro Velho, na Batalha (Melhor Prato e Melhor Cozinha Tradicional), Capriola, no Hotel Lusitano, na Golegã (Melhor Sobremesa), Dona Laura Vinhos & Petiscos, em Évora (Melhor Casa de Petiscos), OH!VARGAS, em Santarém (Melhor Carta de Vinhos), e Razão, integrado no Socalco Natura Calheta, na Madeira (Melhor Cozinha de Autor).
A iniciativa Tejo Anima, promovida pela Rota dos Vinhos do Tejo e pela Confraria Enófila de Nossa Senhora do Tejo, pretendia “promover o território e as suas valências de lazer”, lê-se no mesmo comunicado. E destacou três categorias: Enoturismo, Património e oferta cultural e Natureza. Os vencedores foram, respectivamente, a Quinta da Atela, em Alpiarça, o Castelo de Almourol, em Vila Nova da Barquinha, e as Salinas da Fonte da Bica, mais conhecidas por Salinas do Sal, em Rio Maior.