Costa diz que preços dos combustíveis só vão baixar “quando guerra parar”

Primeiro-ministro diz que o Governo só pode “mitigar”, e não “eliminar”, a subida dos preços.

Foto
Costa com Macron esta terça-feira EPA

O primeiro-ministro, António Costa, disse esta terça-feira que o preço dos combustíveis só baixará quando a guerra na Ucrânia terminar, garantindo que actualmente já não há entraves políticos às interconexões energéticas entre a Península Ibérica e o resto da Europa.

“É preciso ser claro para todos, os preços só vão baixar quando a guerra parar e quando for restabelecida a normalidade no fornecimento de combustível. Enquanto a guerra continuar, enquanto continuar a haver este aumento do preço no mercado internacional, é evidente que [o preço] sobe também em Portugal”, disse António Costa aos jornalistas.

O chefe do Governo português esteve esta terça-feira em Paris para inaugurar três exposições de arte portuguesa nos principais museus franceses, incluindo o Louvre, tendo sido recebido por Emmanuel Macron para um almoço de trabalho no Palácio do Eliseu, onde a dependência energética da Europa foi um dos temas abordados.

“Estas medidas que implementamos do ponto de vista local podem mitigar o impacto para o consumidor e para as famílias, as medidas de apoio às empresas que são consumidoras intensivas de energia podem mitigar este aumento, mas obviamente que mitigar não significa eliminar”, declarou o primeiro-ministro.

Para atenuar a dependência europeia da energia vinda da Rússia, Portugal e Espanha têm vindo a propor há vários anos interconexões que liguem a Península Ibérica ao resto da União Europeia, a nível do gás e das energias renováveis. Estas interconexões, segundo o governante português, já não têm qualquer “obstáculo político”.

“A posição da UE é muito clara e o que foi aprovado no Conselho é que é preciso ter em conta a posição dos reguladores e a actual situação geopolítica para viabilizar as interconexões. Há muito trabalho técnico a fazer, acho que os obstáculos políticos estão ultrapassados”, indicou o líder do Governo português.

Sugerir correcção
Comentar