Covid-19: 220 mortes e 176 mil casos numa semana

São descidas face ao anterior período analisado pela DGS.

Foto
Tiago Petinga/Lusa

Portugal registou, entre 24 e 30 de Maio, 175.766 infecções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 220 mortes associadas à covid-19 e um aumento dos internamentos em enfermaria e cuidados intensivos, indicou esta sexta-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se menos 11.750 casos de infecção, verificando-se também menos 12 óbitos na comparação entre os dois períodos.

Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por covid-19, a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório.

Com base nesse critério, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 2.092 pessoas, mais 250 do que no mesmo dia da semana anterior, com 107 doentes em unidades de cuidados intensivos, mais oito.

Portugal num “planalto”, mas Santos preocupam

A directora-geral da Saúde pediu esta sexta-feira que os portugueses não se esqueçam das regras aplicaram nos últimos anos para combater a covid-19, assumindo “alguma preocupação” com as enchentes que se prevêem durante as festas dos Santos Populares. Numa intervenção no Fórum TSF, Graça Freitas diz que se atingiu “um planalto” em termos de casos diários, o que são boas notícias, mas lembra que o número de infectados é tão elevado que não se pode baixar a guarda.

“Olho para estes [números de contágio] com cautela e com alguma preocupação, mas não com alarme. É verdade que temos um número bastante elevado acima dos 80 anos e também na faixa etária dos 70 aos 79. Mas neste momento, apesar de tudo, atingimos um planalto em termos de novos casos por dia”, disse a directora-geral da Saúde, ressalvando que isto não é razão para pôr de lado todas as medidas de protecção entretanto aprendidas — mesmo que já não sejam obrigatórias.

Graça Freitas lembra que, apesar de a doença ter neste momento uma letalidade e gravidade baixas, se houver muitos casos - como tem havido - o número de mortos irá, obviamente, crescer. Ainda esta quarta-feira foram registadas 47 mortes por covid-19, o valor mais elevado dos últimos cem dias.

“Temos de olhar para isto com respeito, humildade, atenção e contrariar, que é o nosso papel, a tendência expansionista do vírus”, disse a responsável na TSF. E isso tem uma consequência muito concreta: “É nossa obrigação, como comunidade, como serviços, como médicos, como Ministério da Saúde, fazer aquilo que estiver nas nossas mãos de medidas de protecção”, disse.

Para o cidadão comum, os conselhos são os que têm sido repetidos nos últimos tempos: avaliar cada caso, usar máscara em situações de maiores ajuntamentos, lavar as mãos e arejar os espaços fechados. E isto ganha maior significado com o “período de risco” que significa a chegada dos Santos Populares.

O pedido deixado por Graça Freitas é claro: “Com o aproximar dos Santos, vamos ter mais oportunidades de que a transmissão se faça. O apelo é um apelo a cada um para agir em conformidade com este risco. Obviamente que é impossível travar o movimento dos Santos Populares e das festas e dos ajuntamentos. Mas pelo menos até lá não aumentar a carga de doença, não a aumentar quantidade de vírus que ainda circula entre nós e chegar a esses dias numa situação mais confortável”.

Sugerir correcção
Comentar