Dois trabalhos do PÚBLICO distinguidos no Prémio de Jornalismo Luso-Alemão

Jornal recebe primeiro e segundo prémios, pela cobertura das eleições na Alemanha e reportagem sobre as vítimas lusófonas da extrema-direita.

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Júri salientou o conjunto dos vários trabalhos sobre as eleições alemãs para o Bundestag, da jornalista Maria João Guimarães EPA/FILIP SINGER

Dois trabalhos editados pelo PÚBLICO receberam os dois primeiros prémios da segunda edição do Prémio de Jornalismo Luso-Alemão, anunciou a organização esta quarta-feira. Os trabalhos distinguidos são a cobertura das eleições na Alemanha, de Maria João Guimarães, e uma reportagem sobre as vítimas lusófonas da extrema-direita naquele país, de Tiago Carrasco.

O júri português entendeu que se destacou, em primeiro lugar, “o sólido conjunto dos vários trabalhos sobre as eleições alemãs para o Bundestag” que Maria João Guimarães publicou no PÚBLICO. “O tema foi muito marcante no panorama noticioso, e a autora conseguiu trazer, além dos principais protagonistas e factos relevantes, múltiplas abordagens surpreendentes e reportagens envolventes, sempre com profundidade e contexto”, justificam os jurados.

Em segundo lugar, foi premiado o trabalho de Tiago Carrasco, também publicado no PÚBLICO e no Contacto, jornal luxemburguês em língua portuguesa. “Trata-se da grande investigação histórica «As vítimas lusófonas da extrema-direita na Alemanha», que traz à luz a vaga de ataques de ódio racial perpetrados por neonazis sobre angolanos, moçambicanos e um português depois da queda do Muro de Berlim. Um trabalho muito bem documentado, com informação até agora desconhecida em Portugal”, salienta o júri.

O terceiro prémio foi atribuído a Ricardo J. Rodrigues, pelo trabalho “Caixa de Problemas”, publicado no jornal Expresso.

O júri português foi constituído por Luísa Meireles, directora da agência Lusa, Mafalda Anjos, directora da revista Visão, Deolinda Almeida, directora do Cenjor – Centro de Formação Profissional para Jornalistas e António Perez Metelo, jornalista e comentador de economia.

Já o júri alemão foi composto por Heike Göbel (Frankfurter Allgemeine Zeitung), Michaela Küfner (Deutsche Welle), Norbert Thomma (Tagesspiegel) e Philipp Maußhardt (Reportageschule em Reutlingen). Foram premiados Tobias Asmuth, por “O dilema do lítio”, publicado na revista Brand Eins; Fabian Federl, autor de “Sob o efeito…”, editado pela revista do jornal Süddeutsche Zeitung e ainda “Racismo e colonialismo”, transcrição online de uma peça transmitida pela Deutschlandfunk, da autoria de Tilo Wagner.

O Prémio de Jornalismo Luso-Alemão distingue anualmente textos jornalísticos publicados em Portugal e na Alemanha sobre a cultura, sociedade, economia e política do outro país. Os artigos a concurso foram publicados nos meios de comunicação social portugueses ou alemães entre 16 de Abril de 2021 e 31 de Janeiro deste ano.

Trata-se de uma uma iniciativa da Associação São Bartolomeu dos Alemães em Lisboa, em cooperação com o Goethe-Institut Portugal, a Câmara do Comércio e Indústria Luso-Alemã, a Central Alemã para o Turismo em Portugal, o Camões Berlim, a Delegação de Turismo de Portugal na Alemanha, sendo apoiado pela Embaixada da República Alemã em Lisboa e pela Embaixada de Portugal em Berlim.

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