Depois de Demência, o segundo tema de Carolina como Alda é Amar não me salvou

Foi em Novembro de 2021 que a cantora e compositora Carolina Costa, dos Rope Walkers (duo formado em 2019 por ela e por Rui Ferraz), decidiu lançar-se a solo com um tema inspirado num caso real, Demência, fruto de um ano vivido com uma tia em segundo grau. Não o assinou como Carolina, mas sim como Alda, nome que escolheu para a carreira a solo “por ser simples, curto, lido em várias línguas, sem grandes confusões com questões de acentos ou letras que possam não existir” e também como homenagem à sua avó paterna, que se chamava Alda.

Agora, ainda na construção de um EP a solo que deverá ser lançado apenas em 2023, volta a compor em torno de um caso real, aqui usado como inspiração. O tema, Amar não me salvou, com letra e música de Carolina Costa, foi escrito após a leitura do livro Magazino ao Vivo, de Luís Miguel Vieira Costa e Ana Ventura, que relata a experiência de Luís Costa, conhecido por Magazino como DJ, que depois de lhe ter sido diagnosticada uma leucemia no final de 2019 foi infectado pela covid-19 num surto no IPO e esteve, na sequência disso, em coma induzido. A partir daí, começou uma campanha em torno da doença, com mensagens positivas (“Não basta existir, há que viver”, dizia) e o livro é parte dessa história. Luís Costa viria a morrer dois anos depois, em casa, no dia 9 de Dezembro de 2021. Inspirada na sua história, Carolina escreveu esta canção, que é nas suas palavras um “reflexo da viagem incerta, mas também alegre que é a vida”, e gravou-a como Alda (voz e guitarra acústica), juntamente com Vítor Carraca Teixeira (guitarras eléctrica e acústica, sintetizadores, baixo eléctrico, coros, produção, mistura e masterização).