Santos Silva elogia contributo dos trabalhadores para a formação da democracia

Presidente do Parlamento vinca que os “direitos económicos e sociais são parte integrante dos direitos humanos”.

Foto
Daniel Rocha

Numa publicação na rede social Twitter, o presidente da Assembleia da República destacou este domingo de manhã o “contributo dos trabalhadores e das suas organizações para a formação da democracia” por ocasião do 1.º de Maio.

Para além de “celebrar” esse contributo, Augusto Santos Silva salienta que “os direitos económicos e sociais são parte integrante dos direitos humanos” e a que “a sua realização é um dos pilares do Estado democrático e social do 25 de Abril”. Em Portugal a comemoração pública do Dia do Trabalhador começou em 1974, uma semana depois da revolução.

Depois de dois anos de pandemia em que a CGTP não deixou de assinalar a data com manifestações e discursos em Lisboa, e a UGT preferiu suspender os grandes eventos, o dia volta a comemorar-se sem restrições - agora já nem as máscaras são obrigatórias em caso de ajuntamentos.

Esta tarde, a CGTP desfila, como é tradicional, na Avenida Almirante Reis e encerra com um comício na Alameda D. Afonso Henriques, mas tem igualmente marcadas concentrações em cerca de três dezenas de cidades por todo o país. E a UGT fará como no ano passado: organiza uma conferência sobre os desafios que o movimento sindical enfrenta com a participação dos ex-ministros Vieira da Silva (do Governo de Costa) e Álvaro Santos Pereira (do Governo de Passos Coelho).

O primeiro-ministro também escolheu a mesma rede social para assinalar a data, escrevendo que, por “valorizar o trabalho e ambicionar uma sociedade mais justa”, o Governo vai adoptar a Agenda do Trabalho Digno - que volta à concertação social a 11 de Maio e que tem recebido fortes críticas da CGTP - e “prosseguir o objectivo do reforço dos salários no PIB”.

E no portal do Governo foi publicado esta manhã um longo texto sobre o Dia do Trabalhador em que se elencam medidas tomadas pelo Executivo na área laboral (por exemplo, o aumento do salário mínimo, do tempo da licença de parentalidade e a limitação do tempo dos contratos a termo) e dos apoios sociais, e alguns objectivos inscritos no Programa do Governo - como o aumento do rendimento médio por trabalhador em 20% até 2026, a promoção da igualdade e a aposta na qualificação.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários