Quando o Estado Novo quis ensinar o modo “português” de viver e trabalhar a terra

Entre as décadas de 30 e 60, o regime de Salazar implantou no território sete colonatos agrícolas com o objectivo de dar continuidade à “povoação do reino”, segundo os bons costumes morais vigentes. Entre Paredes de Coura e Pegões, a investigadora Filipa Guerreiro guia uma visita a este património ignorado, onde ressalta sobretudo a permanência da arquitectura.

historia,patrimonio,culturaipsilon,paredes-coura,arquitectura,agricultura,
Fotogaleria
Estúdio Mário Novais/FCG
NEG - 15 marco 2022 - colonia agricola da boalhosa em paredes de coura - filipa guerreiro
Fotogaleria
NEG - 15 marco 2022 - colonia agricola da boalhosa em paredes de coura - filipa guerreiro NELSON GARRIDO
historia,patrimonio,culturaipsilon,paredes-coura,arquitectura,agricultura,
Fotogaleria
Estúdio Mário Novais/FCG
NEG - 15 marco 2022 - colonia agricola da boalhosa em paredes de coura - filipa guerreiro
Fotogaleria
NEG - 15 marco 2022 - colonia agricola da boalhosa em paredes de coura - filipa guerreiro Nelson Garrido

Nessa terça-feira a meio de Março, o final da manhã apresentava uma atmosfera inesperada no cume do núcleo megalítico de Chã de Lamas, na freguesia de Vascões, concelho de Paredes de Coura: a “neblina” que tingia o céu de um tom alaranjado e escondia o Sol (mais tarde haveríamos de perceber que eram as poeiras do Sara!) não condizia com a hora do meio-dia. Nada que alterasse, contudo, o quotidiano na pequena aldeia: Maria de Fátima, acompanhada pelo seu cão, chega à antiga “casa do guarda” para arrumar algumas alfaias. Quando percebe que somos jornalistas, mostra-se logo solícita para falar daquilo que realmente lhe importa: “Isto está complicado; as pessoas, parece que estão malucas, com o gasóleo a ir para um preço impossível. Há duas semanas, 20 euros davam para encher o depósito, agora, quase não chega a metade, e até já nem compensa ir a Espanha…”.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 25 comentários