Nuno Ribeiro afastado de funções no ciclismo e com apresentações semanais

Em causa estão as suspeitas de utilização de substâncias dopantes na equipa W52-FC Porto.

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A equipa do W52-FC Porto está envolvida num escândalo de dopagem LUSA/LUÍS FORRA

O director-desportivo da W52-FC Porto, Nuno Ribeiro, está impedido de manter funções na equipa de ciclismo, fica sujeito a apresentações semanais às autoridades e está impedido de contactar os envolvidos no processo “Prova Limpa”.

Também José Rodrigues, director-desportivo da equipa sub-23 Fortunna-Maia e adjunto de Nuno Ribeiro na formação “azul e branca”, ficou sujeito às mesmas medidas de coacção.

Os dois arguidos foram nesta segunda-feira presentes a primeiro interrogatório judicial, após o qual um juiz de instrução criminal determinou as medidas de coacção, nomeadamente a apresentação semanal na esquadra policial da área de residência, a proibição de contactarem mutuamente ou outros envolvidos no processo, ficando ainda impedidos de exercer as funções que tinham antes de serem detidos.

O antigo ciclista Nuno Ribeiro, vencedor da Volta a Portugal em 2003 e desapossado do triunfo de 2009 por doping, foram detidos no domingo, no âmbito da operação de Polícia Judiciária (PJ) designada “Prova Limpa", para a detecção de métodos proibidos e substâncias ilícitas em provas de ciclismo.

Após as diligências, a PJ informou em comunicado que “foram efectuadas duas detenções e realizadas várias dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias em diversas regiões do território nacional, visando dirigentes, atletas e instalações de uma das equipas em competição”, tendo sido “apreendidas diversas substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos atletas e com impacto no seu rendimento desportivo”.

Nesse mesmo dia, a W52-FC Porto falhou a partida para a terceira etapa do Grande Prémio O Jogo.

“A operação policial, envolvendo um total de cerca de 120 elementos provenientes da Directoria do Norte e ainda das Directorias do Centro e do Sul, da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e dos Departamentos de Investigação Criminal de Braga, Guarda e Vila Real e Guarda, contou ainda com a colaboração da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP)”, detalhou a PJ.

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