Conserveira de Lisboa, uma espécie de museu que está sempre a inovar

A Conserveira de Lisboa venderá 300 mil latas por ano. Aqui existem receitas antigas e vontade permanente de inovar. Não é à toa que se chega aos 92 anos em grande forma.

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Fernando Ferreira veio de Figueiró dos Vinhos para Lisboa aos 15 anos, a fim de servir como marçano na então Mercearia do Minho, fundada em 1930. Aos 18, cumpriu o serviço militar obrigatório. Como conhecia o que rendia a pequena casa da Rua dos Bacalhoeiros, amealhou tudo o que pôde na tropa e, com mais uns dinheiros da venda de terrenos na terra, comprou, no final dos anos 1930, uma quota da sociedade. O tempo passou, a mercearia especializou-se em conservas e, partir dos anos 1940, a história da Conserveira de Lisboa é a história de três gerações Ferreira. Fernando, Armando (filho) e, hoje, Tiago e Maria (netos). Tiago é o gerente que divide o tempo entre a empresa e a vida de professor na Universidade Nova de Lisboa, no universo dos microprocessadores. Quando a Fugas passou pela loja, Tiago estava atarefado com o embrulho manual das latas. “Tem de ser, acabaram-se as de bacalhau e a rua está cheia de turistas.”

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Fernando Ferreira veio de Figueiró dos Vinhos para Lisboa aos 15 anos, a fim de servir como marçano na então Mercearia do Minho, fundada em 1930. Aos 18, cumpriu o serviço militar obrigatório. Como conhecia o que rendia a pequena casa da Rua dos Bacalhoeiros, amealhou tudo o que pôde na tropa e, com mais uns dinheiros da venda de terrenos na terra, comprou, no final dos anos 1930, uma quota da sociedade. O tempo passou, a mercearia especializou-se em conservas e, partir dos anos 1940, a história da Conserveira de Lisboa é a história de três gerações Ferreira. Fernando, Armando (filho) e, hoje, Tiago e Maria (netos). Tiago é o gerente que divide o tempo entre a empresa e a vida de professor na Universidade Nova de Lisboa, no universo dos microprocessadores. Quando a Fugas passou pela loja, Tiago estava atarefado com o embrulho manual das latas. “Tem de ser, acabaram-se as de bacalhau e a rua está cheia de turistas.”