A pista de Portimão foi secando e a vantagem de Oliveira evaporou-se

Piloto português admite decepção com o 11.º lugar do qual vai partir para o GP de Portugal, esta tarde. Zarco foi o mais rápido.

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Miguel Oliveira partirá do 11.º posto em Portimão EPA/JOSE SENA GOULAO

Miguel Oliveira (KTM) fechou a qualificação para o Grande Prémio de Portugal de MotoGP no 11.º lugar. Será, assim, com 10 adversários à frente, à partida, que o piloto português vai tentar animar as bancadas do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), onde neste domingo (13h) se disputa a quinta corrida do Mundial, em que o francês Johann Zarco (Ducati) obteve a pole position.

O passaporte que Oliveira alcançou com naturalidade para a segunda sessão de qualificação acabou por não ter a tradução desejada no tempo final. O piloto de Almada sentiu dificuldades crescentes à medida que o bom tempo se foi instalando e a pista foi ficando mais seca, e fez a melhor em 1m44,066s, a 2,063 segundos de Zarco.

“Claro que sim, estou desapontado. Não tive muita ajuda, devido ao pequeno contratempo técnico que tive, mas não é o fim de nada”, revelou Miguel Oliveira, que terá uma missão espinhosa esta tarde. “Queremos vir sempre competir em Portimão para ganhar, não para ficar fora do top 5. Há que trabalhar nesse sentido amanhã e depois do warm up é que teremos uma ideia mais clara de como será a corrida.”

De certa forma, o sentimento de desilusão é agravado pela performance matinal: com piso molhado, depois da chuva que caiu no circuito, Miguel Oliveira assumiu-se como o mais rápido nos treinos livres. Na quarta sessão, a última antes da qualificação, o piloto da KTM bateu toda a concorrência - foi 0,804 segundos mais rápido do que o australiano Jack Miller (Ducati) -, mas quando a pista começou a dar sinais de secar, forçando novas afinações e trocas de pneus, a vantagem de Miguel Oliveira evaporou-se.

Mas essa não foi a única consequência do golpe de rins meteorológico. O australiano Remi Gardner (KTM) e o italiano Francesco Bagnaia (Ducati) sofreram quedas duras, sendo que “Pecco” Bagnaia teve mesmo de ser assistido no centro médico do circuito, com queixas no ombro. Sem mazelas, mas também sem acesso à Q2, ficou Enea Bastianini (Ducati), líder do campeonato, também fruto de um despiste.

Na derradeira etapa da qualificação, Alex Márquez começou por ditar leis e Marc Márquez acabou por chegar ao primeiro lugar, mas a volta foi anulada por ter sido feita sob bandeiras amarelas, motivadas pela queda de Pol Espargaró. O mesmo aconteceu, de resto, com Miguel Oliveira, que viu o registo cancelado, bem como o francês Fábio Quartararo (Yamaha), que foi quinto.

A ponta final de qualificação seria bem mais risonha para o espanhol Joan Mir (Suzuki), o segundo mais veloz do contingente do MotoGP - terminou a 0,195 segundos do primeiro -, enquanto o compatriota Aleix Espargaró (Aprilia) foi terceiro, a 0,232 segundos de Zarco.

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