Cartas ao Director

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Sendo eu leitor diário do PÚBLICO, é com alguma perplexidade que tenho lido nesta seção alguns comentários sobre as crónicas da advogada Carmo Afonso. Efectivamente, as mesmas crónicas não podem ser comparadas, na minha opinião, às anteriores crónicas de qualidade do Rui Tavares e, sobretudo, às actuais crónicas do João Miguel Tavares. A intenção de Carmo Afonso parece-me ser sempre a de suscitar a reflexão crítica sobre factos da actualidade e não travar bravatas ideológicas em defesa de um pensamento único. Devendo todas as sociedades ocidentais estar confrontadas com um jornalismo livre e não unilateral, deixando aos leitores a possibilidade de formar as suas próprias opiniões sobre a realidade envolvente, julgo que é obrigação do PÚBLICO manter a pluralidade e diversidade de comentários, desde logo, em respeito pela sua história no jornalismo português.

Carlos Ferreira, Braga

Carmo Afonso

As minhas saudações a Carmo Afonso. Vale a pena ler todos os seus comentários. Se ainda não tínhamos pensado em determinado assunto ela lembra-nos disso. Peço à Carmo Afonso para continuar no PÚBLICO porque ela é também a professora a ensinar este povo!

Helena Tomé, Lisboa

Ucrânia: vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar

José Brandão Pedro, na edição de 14 de Abril, insurge-se contra os que escrevem sobre a guerra induzindo em erro os leitores. Com tal texto põe em causa a capacidade dos leitores concluírem correctamente sobre o que tem sido a actuação do país invasor contra um povo pacífico, ao mesmo tempo que desrespeita o trabalho e a coragem de todos os jornalistas que, cobrindo todo o conflito, nos transmitem os horrores que diariamente testemunham. O texto é lamentável, mas viva a liberdade de expressão.

Parabéns ao PÚBLICO que nos brindou na edição do passado dia 9 com o excelente texto de Francisco Mendes da Silva que sem papas na língua foi extremamente claro: quem se põe com dúvidas existenciais quanto a esta guerra “o que defendem...é a vitória da Rússia”. E eu acrescento dirigindo-me aos saudosos da URSS: se lhes custa a muito provável derrota da mãe Rússia (o que se deseja para bem de toda a humanidade), pelo menos sintam empatia pelas vítimas!!

Maria das Dores Vicente Pereira, Lisboa

PSD, IL, Livre

Os partidos acima designados em título defenderam na Assembleia da República o embargo total ao petróleo e gás da Rússia como retaliação à invasão da Ucrânia, o que subscrevo. No entanto, sugeria também, a esses partidos que, pedissem o embargo total à venda de armas por Portugal a regimes que violam as convenções internacionais sobre os direitos humanos, nomeadamente a Arábia Saudita que mantém uma guerra de destruição no Iémen que já levou à morte de centenas de milhares de civis incluindo milhares de crianças, e que a ONU já considerou a maior catástrofe humanitária no mundo.

Portugal vendeu à Arábia Saudita, entre 2013 e 2020, 1.360.000.00 € em armas.

Não quero que acusem Portugal de ter as mãos manchadas de sangue na morte de civis inocentes no Iémen por armas fabricadas no meu país.

Daniel Marques Simões, Santo António da Charneca

A saúde que temos

O primeiro-ministro, vá lá saber-se porquê, manteve no seu “novo” executivo, a ministra da Saúde, Marta Temido, que no último Governo era diariamente criticada. Quem manda pode e o país continuará com uma “saúde muito doente”. Será possível, aliás, admissível que uma lei de 1995, portanto com cerca de 30 anos, impeça os hospitais privados de comprarem aparelhos, para tratamento do cancro? Claro que não. A legislação é do Governo de Cavaco Silva, que faz depender a compra de rácios populacionais para o tratamento desta doença, que nos últimos anos, infelizmente vai aumentando.

Tomaz Albuquerque, Lisboa

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