Fábio Vieira desenha vitória do FC Porto com rótulo de invencibilidade

FC Porto igualou série recorde de 56 partidas sem perder no campeonato e ofereceu a Sérgio Conceição, na bancada, o título de segundo técnico portista mais vitorioso.

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LUSA/ESTELA SILVA
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O FC Porto repôs esta segunda-feira, no Estádio do Dragão, a diferença de seis pontos de vantagem para o Sporting, fechando a 28.ª jornada da I Liga com um triunfo por 3-0 sobre o Santa Clara, vítima da inspiração de Fábio Vieira, que assinou um “bis”.

O fecho da jornada oferecia ao FC Porto a possibilidade de acrescentar dois capítulos à história do campeonato e de Sérgio Conceição, o que os “dragões” cumpriram na perfeição. Mas igualar o recorde de 56 jogos sem derrotas no campeonato, estabelecido pelo Benfica de John Mortimore em 1977-78, ou superar os números de Artur Jorge enquanto segundo treinador com mais triunfos (187) ao serviço do clube eram apenas meros pormenores do plano principal: repor a vantagem de seis pontos para o segundo classificado, deixando ainda o terceiro a 15 de distância.

Para levar a cabo essa tarefa, frente a um Santa Clara que só perdera frente a Sporting (Taça da Liga) e Benfica (campeonato) nos últimos 12 jogos, Sérgio Conceição apostou no mesmo onze que venceu o derby portuense, no Bessa, decidido por Fábio Vieira.

Com Taremi desgastado pelas viagens para representar o Irão, numa altura em que cumpre o Ramadão, Fábio manteve a titularidade e a capacidade de decidir, desta vez a dobrar, com um “bis” decisivo (38 e 41') a terminar uma primeira parte de alguma incerteza.

De regresso a uma casa onde passou uma década, oito anos como atleta e dois como técnico, Mário Silva estava privado de Anderson Carvalho e Cryzan, tendo prescindido de Morita, regressado da selecção.

Os açorianos ainda tentaram disfarçar essas lacunas com um dispositivo homogéneo, vocacionado para missões defensivas, sem abdicar dos compromissos atacantes.

Mas a alta rotatividade portista, com Otávio a inventar espaços e Pepê a criar desequilíbrios, deixou o Santa Clara numa posição de equilíbrio bastante precário e que só não viu comprometido mais cedo porque Pepê desperdiçou uma ocasião flagrante e suficiente para puxar o tapete aos açorianos.

Prestes a recolher aos balneários sem um golo, o FC Porto encontrou num lance estudado a fórmula para bater Marco. Vitinha cobrou livre a punir falta sobre Pepê e o pé esquerdo de Fábio Vieira fez a diferença. O mesmo pé transformaria, três minutos depois, um erro de Mansur no segundo golo da noite, colocando o FC Porto a salvo de um final de nervos como o do Bessa.

Ainda assim, mesmo depois de uma entrada forte na segunda parte, com um remate de Vitinha a rasar a barra e um golo invalidado a Pepe, o FC Porto teve que gerir a reacção do adversário juntamente com alguns problemas que obrigaram a riscar pedras importantes como Matheus Uribe e João Mário.

O Santa Clara cerrou os dentes e, com as substituições, chegou-se à frente para obrigar Diogo Costa a brilhar na baliza do FC Porto. Só que ao contrário do que sucedeu na ronda anterior, os portistas mantiveram sempre as rédeas do jogo nas mãos, acabando por resolver em definitivo a questão com o golo de Zaidu (84’), a completar lance de Galeno.

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