A entrevista que Constança Urbano de Sousa concedeu ontem ao PÚBLICO a propósito da lei que atribui a nacionalidade portuguesa aos descendentes dos judeus sefarditas é simultaneamente admirável e inacreditável. Admirável, porque tudo o que ela diz está certo, e é dito com uma coragem política digna de elogio. Inacreditável, porque a entrevista é uma declaração de incapacidade de resistência aos lobbies socialistas por parte de uma deputada do próprio PS. Constança Urbano de Sousa declara três coisas: 1) A lei de 2015, como está escrita, é má; 2) Ela própria tentou alterá-la em 2020; 3) Só que foi, infelizmente – e passo a citar –, “obrigada a desistir da proposta”. Vamos por partes.
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A entrevista que Constança Urbano de Sousa concedeu ontem ao PÚBLICO a propósito da lei que atribui a nacionalidade portuguesa aos descendentes dos judeus sefarditas é simultaneamente admirável e inacreditável. Admirável, porque tudo o que ela diz está certo, e é dito com uma coragem política digna de elogio. Inacreditável, porque a entrevista é uma declaração de incapacidade de resistência aos lobbies socialistas por parte de uma deputada do próprio PS. Constança Urbano de Sousa declara três coisas: 1) A lei de 2015, como está escrita, é má; 2) Ela própria tentou alterá-la em 2020; 3) Só que foi, infelizmente – e passo a citar –, “obrigada a desistir da proposta”. Vamos por partes.