Barcelona agravou limites salariais para 144,35 milhões de euros negativos

Esta derrapagem pressupõe que o Barcelona agora só pode contratar através do artigo 100 do regulamento de controle financeiro, o que significa que só pode gastar 25% dos valores que economiza ou dos benefícios que obtém com as transferências de jogadores.

Foto
Reuters/ALBERT GEA

A Liga espanhola revelou nesta segunda-feira que o FC Barcelona agravou o seu limite salarial de 97 milhões de euros positivos para 144,35 milhões de euros negativos, após reforçar a equipa e ter perdas superiores às previstas.

“Este número reflecte as diferenças entre as perdas auditadas de um clube e as estimadas pela La Liga em Maio de 2021. No caso do FC Barcelona, foram estimados 242 milhões de perdas a menos do que as que realmente ocorreram. É negativo porque as perdas do Barcelona são maiores do que sua capacidade de gerar recursos”, explicou o director geral corporativo de La Liga, Javier Gómez.

O organismo estabeleceu um limite de custo para os plantéis, nomeadamente futebolistas e equipa técnica, um valor que os catalães tornaram ainda mais negativo com as contratações dos avançados Ferran Torres, Aubameyang e Adama Traoré, bem como do defesa Dani Alves, que regressou a Barcelona.

Nenhum dos clubes das competições profissionais espanholas está em situação tão gravosa quanto o FC Barcelona, o único no “vermelho”.

Esta derrapagem pressupõe que o Barcelona agora só pode contratar através do artigo 100 do regulamento de controle financeiro, o que significa que só pode gastar 25% dos valores que economiza ou dos benefícios que obtém com as transferências de jogadores.

“O que isto significa é que o clube ficará mais limitado não apenas nesta temporada, mas igualmente nas seguintes, a menos que obtenha ganhos de capital ou benefícios”, elucidou o dirigente.

Do lado oposto, o eterno rival Real Madrid é quem tem melhor saúde financeira, sendo que os merengues podem investir até 739,2 milhões de euros para reforçar o seu grupo de trabalho (não sofreu retoques no mercado de inverno), o mesmo que em Setembro de 2021.

O Sevilha de Julen Lopetegui, segundo no campeonato, atrás do Real Madrid, e à frente do FC Barcelona, terceiro, tem uma almofada de 199,1 milhões de euros, tendo a sua capacidade de investimento sido reduzida em 0,65%.

A seguir vem o Atlético de Madrid, quarto no campeonato, com 161,2 milhões, uma redução de cerca de 6%.

Villarreal, com 148,3 milhões e com redução de 7%, Athletic Bilbau, que viu a sua capacidade subir 11,45% para os 124,6 milhões de euros, e Real Sociedad, com folga reduzida em 13% para os 111,2 milhões são os restantes clubes com folga superior à centena de milhão.

Destaque ainda para o Valência que melhorou a sua capacidade em 86,7%, passando de 30,9 milhões em Setembro para os actuais 57,7 milhões.

Sugerir correcção
Comentar