Trienal de Arquitectura: quatro exposições e debates para falar sobre acção ambiental

Como pode a arquitectura contribuir para a sustentabilidade da vida nas cidades será o tema central da 6.ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa, intitulada “Terra”. Arranca a 29 de Setembro.

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A 6.ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa, intitulada “Terra”, começa a 29 de Setembro rui gaudêncio

A 6.ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa, intitulada “Terra”, começa a 29 de Setembro com quatro exposições e debates que visam “apelar à acção” num planeta que “precisa de uma mudança de paradigma”, sublinhou esta quarta-feira a organização.

Com curadoria geral dos arquitectos Cristina Veríssimo e Diogo Burnay, dupla portuguesa fundadora do atelier CVDB, o evento regressará com uma programação até 5 de Dezembro em vários espaços culturais da capital, focados na forma como a arquitectura pode contribuir para a sustentabilidade da vida nas cidades.

“A exploração intensiva de recursos, e até predadora, bem como a produção de lixo, estão a ter consequência dramáticas no planeta e é preciso passar à acção”, urgiu o presidente da Trienal, José Mateus, na apresentação da programação, na Câmara Municipal de Lisboa, pedindo “novas políticas, novas formas de organização das cidades, para mudar o actual paradigma”.

Nesse sentido, esta 6.ª edição do evento dedicado à arquitectura contemporânea apresentará quatro exposições, três prémios, quatro livros, três dias de conferências, e uma selecção de projectos independentes, que irão mostrar reflexões e práticas de outros continentes sobre a arquitectura contemporânea, “hoje confrontada com vários desafios, com impactos ao nível social, político e climático”.

Também presente na sessão, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, declarou que pretende “defender a arquitectura como a base da cidade”, e como disciplina que “tem capacidades extraordinárias para se envolver nas soluções num dos maiores desafios de hoje: o combate às alterações climáticas”.

“Gostaria muito que a arquitectura que hoje fazemos em Lisboa desse um sinal de liderança na Europa, num mundo em transição, cada vez mais digital, mas que também continua físico”, declarou o autarca, sobre a importância das cidades, onde vivem 50% da população mundial, e são grandes consumidoras de recursos e também fonte de poluição.

Por seu turno, os curadores referiram que “a pandemia foi uma oportunidade de reflexão para preparar a programação” e, por opção, decidiram “não traduzir a palavra Terra para o inglês [neste evento internacional], por possuir um significado tão profundo em português”.

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