Caminhamos na companhia da pintura de Maria Capelo

Em Do planalto se dobra a montanha, Maria Capelo dá a ver uma sensibilidade particular à paisagem e aos lugares de um mundo natural que tem tanto de permanente como de transformado. Através dos materiais, das formas e das imagens da pintura, numa relação iluminada pela literatura e, em especial, pelo cinema. Até 9 de Abril, na Galeria Zé dos Bois.

Foto
RG Rui Gaudêncio - 4 Fevereiro 2022 - Maria Capelo, artista pástica. Mais exposição, do planalto se dobra a montanha. Lisboa. Público Rui Gaudêncio

Na exposição Do planalto se dobra a montanha de Maria Capelo, ecoa o som de uma corneta. Parece longínquo, mas vem do excerto de um filme, situado à entrada da sala. Trata-se de Lumière d’été (1943) do cineasta francês Jean Grémilon. Logo a seguir, ouvem-se mais sons: o de uma explosão e de pedras que caem por um monte abaixo. Também pertencem ao filme. Entretanto, em volta, no espaço físico, vêem-se pinturas a óleo, de tamanhos consideráveis, que representam paisagens. Repousam em várias salas da Galeria Zé dois Bois, em Lisboa, e aguardam o corpo, a memória e o tempo do visitante. Solicitam-lhes uma pausa contra a aceleração, movimentos vagarosos; afinal é uma exposição na qual ele caminhará na companhia da pintura.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 1 comentários