Manuel Francisco Ribeiro (1935-2022), o rosto da tragédia dos incêndios de 2017

Manuel Francisco Ribeiro vivia uma vida longe de qualquer mediatismo na aldeia de Covelo, em Vouzela, até ter aparecido na capa do PÚBLICO, por causa dos incêndios de 2017. Aquela imagem tornou-o o símbolo da devastação que as chamas causaram no país, em Junho e Outubro. Morreu na segunda-feira, aos 86 anos.

Foto
O retrato de Francisco Ribeiro que foi estampado na primeira página do PÚBLICO de 17 de Outubro de 2017 Adriano Miranda

A vida de Manuel Francisco Ribeiro poderia ter-se passado toda longe das páginas dos jornais e das câmaras de televisão, não fosse uma das maiores tragédias vividas pelo país nos últimos anos: os incêndios de 2017. A 17 de Outubro desse ano, no dia em que celebrava o 82.º aniversário, o homem, de boina preta na cabeça, rosto de olhos inchados e um cajado entre as mãos, apareceu na capa do PÚBLICO, à frente de um céu amarelado que carregava ainda os restos do incêndio que devastara várias regiões do centro do país, incluindo Ventosa, em Vouzela. Ele que dizia não querer apressar a morte, acabou por não conseguir esconder-se mais dela. Morreu na segunda-feira, dia 24 de Janeiro.

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