Sporting teve a sua vingança, 13 anos depois

“Leões” conquistaram Taça da Liga após triunfo sobre o Benfica, em Leiria. Everton ainda colocou os “encarnados” na frente, Gonçalo Inácio e Sarabia operaram a reviravolta.

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LUSA/PAULO CUNHA
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EPA/PAULO NOVAIS
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Foi logo na segunda edição que Benfica e Sporting se encontraram na Taça da Liga. Em 2009, no Algarve, os “encarnados” ficaram com o troféu depois de uma final polémica e decidida nos penáltis. Treze anos depois, voltou a haver um derby de Lisboa na final da competição e os “leões” tiveram a sua vingança, com um 1-2 em Leiria que valeu a renovação do título da época passada e a conquista do troféu pela quarta vez. Os “encarnados” ainda estiveram em vantagem, num momento de grande inspiração de Everton, mas não foi o suficiente para fazer com que o Sporting duvidasse daquilo que tinha de fazer.

Benfica e Sporting apresentavam-se nesta final incompletos e com dúvidas, por razões diferentes: os “encarnados” ainda a habituarem-se à vida com Nélson Veríssimo, os “leões” num momento de menor fiabilidade defensiva e com a invencibilidade quebrada nas últimas semanas. Mas tudo isso fica à porta quando há um título em disputa, ainda mais num “clássico” do futebol português.

Sem grandes surpresas no perfil táctico das duas equipas, foi evidente desde o primeiro minuto uma maior vontade do Sporting em mandar no jogo e do Benfica em ser mais cauteloso. Havia vontade dos “encarnados” em controlar a profundidade e obrigar os “leões” a jogar pelo meio. Havia mais posse de bola para a equipa de Rúben Amorim e mais progressão no campo, com aproximações à área de Vlachodimos, mas sem criar uma ocasião de golo digna desse nome.

O Benfica ainda quase não tinha passado do meio-campo quando conseguiu colocar-se em vantagem, aos 23’. Num bom entendimento à esquerda entre Grimaldo e Everton, o brasileiro recebeu a bola na área, ultrapassou sem problemas a oposição simbólica de Luís Neto e atirou a contar, sem que Adán pudesse sequer esboçar uma defesa. Era uma vantagem que se justificava, não pelo domínio (que não estava a ter), nem pelas muitas oportunidades (que não criou), mas pela solidez com que estava em campo.

Numa equipa com tão poucas certezas, um golo nestas circunstâncias era o instrumento perfeito para fazer subir a crença no plano. Mas ainda faltava muito e, do outro lado, estava um adversário que nunca deixa de acreditar no que faz. E que tem sido especialista em sacudir as adversidades para ser feliz. Quase o conseguiu dois minutos depois, num canto em que Inácio fez as vezes do capitão ausente Coates e quase marcou o golo do empate - Vlachodimos estava no caminho da bola.

Apesar da desvantagem ao intervalo, Amorim não mexeu no plano. Veríssimo, claro, não tinha razões para mexer. O Benfica não deslumbrava e não dominava, mas tinha a vantagem do seu lado. Já “só” lhe faltava aguentar metade do jogo, mas nem tinham passado cinco minutos da segunda parte e os “leões” já tinham chegado ao empate. Canto de Sarabia a partir da esquerda e Inácio, nas alturas, a nivelar o marcador - simbólico ter sido o jovem central a marcar, a desempenhar o papel habitualmente reservado a Coates, e depois de exibições menos conseguidas nos últimos tempos.

Teria o Benfica capacidade para recuperar a liderança da final? Não teve. Com a excepção de Everton, havia pouca criatividade no ataque (Yaremchuck nem se viu) e, do meio-campo para trás, a solidez era cada vez menos evidente. O Sporting começou a ter espaço para manobrar e para correr, e, depois de Paulinho ter acertado na trave aos 73’, Sarabia fez o 2-1 aos 78’. Porro, que tinha entrado aos 66’, viu bem a desmarcação do compatriota entre Lázaro e Morato e este, com grande classe, só precisou de tocar duas vezes na bola antes do 2-1.

Ainda havia tempo para jogar, mas o Benfica não subiu de nível para ir atrás de outro resultado e recuperar alguma confiança para uma época em que os horizontes vão sendo cada vez mais estreitos. E o Sporting foi competente a gerir o tempo que faltava para segurar mais um título. É a marca de Rúben Amorim, que já conquistou esta Taça da Liga por três vezes em menos de três épocas como treinador.

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