Portugal nos “quartos” do Europeu com pleno na fase de grupos

Selecção de futsal venceu a Ucrânia na derradeira jornada e vai agora defrontar a Finlândia.

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Zicky em acção no jogo com a Ucrânia UEFA

A selecção portuguesa de futsal apurou-se nesta sexta-feira para os quartos-de-final do Campeonato da Europa, que decorre nos Países Baixos. Na derradeira jornada da fase de grupos, Portugal venceu um osso duro de roer chamado Ucrânia, por 1-0, e garantiu a qualificação no primeiro lugar do Grupo A.

Em Groningen, uma das duas cidades dos Países Baixos onde decorre o torneio, o actual campeão da Europa foi sempre uma equipa segura, consciente do seu processo e muito paciente. Foi uma selecção capaz de lidar com as dificuldades impostas pela Ucrânia, nomeadamente em organização defensiva, e que nunca comprometeu os equilíbrios na procura desesperada do golo.

E foram várias as ocasiões construídas por Portugal ao longo da primeira parte, com destaque para um remate falhado por Pany Varela a oito e a seis minutos do fim, antes de Zicky Té criar um lance de perigo com fantasia individual e deixar Bruno Coelho isolado frente ao guarda-redes. O defesa do Nápoles, porém, pareceu surpreendido com a assistência e não conseguiu melhor do que um remate frouxo.

A Ucrânia também já tinha criado um par de situações de algum frisson junto da baliza de André Sousa, com o guarda-redes português a responder com eficácia. Mas raramente conseguiu apanhar a selecção portuguesa em contra-pé, fruto de uma organização defensiva irrepreensível (ora em losango, ora em quadrado) e de uma reacção interessante à perda da bola.

Ainda assim, o que Portugal estava a fazer até ao intervalo não era suficiente para fazer ruir a muralha ucraniana e, num dos descontos de tempo, o seleccionador português foi taxativo: “Sabem porque é que eles estão tão confortáveis? Porque estamos parados, é preciso andar”, exortou Jorge Braz, pedindo que a equipa fosse mais dinâmica na circulação e conseguisse atrair o fixo ucraniano.

Nada de muito diferente ficou guardado para o segundo tempo. Portugal comandava com bola, mas raramente conseguiu ultrapassar a última linha adversária. Por outro lado, controlava por completo as tentativas de saídas rápidas dos ucranianos e, com uma rotação regular a partir do banco, ia tentando o golo.

Pany Varela, um dos mais acutilantes no ataque, continuava a tentar sair do drible e rematar de forma espontânea (e num par de ocasiões colocou a baliza contrária em perigo, como aconteceu a 7m37s do fim), Zicky Té, no estilo desconcertante que lhe é reconhecido, rematava à meia-volta e via a bola ser interceptada.

A pressão portuguesa avolumava-se e, mesmo sabendo que o empate era suficiente para assegurar o primeiro lugar, o estatuto de campeão da Europa e do Mundo convidava a algo mais. E o prémio acabaria por sair do pé esquerdo de Zicky Té: aos 36m13s, após uma jogada de insistência, o avançado do Sporting rematou ao poste mais distante e inaugurou o marcador.

A Ucrânia, encostada à parede pela desvantagem e dependente do resultado do Países Baixos-Sérvia, foi à procura do empate recorrendo ao 5x4, mas esbarrou num André Sousa absolutamente decisivo nos instantes finais, ao protagonizar duas defesas de altíssimo nível. Defesas que, ainda assim, não afastaram os ucranianos do torneio - o triunfo dos sérvios (2-3) deixou as três equipas empatadas, com três pontos, com a Ucrânia a levar a melhor nos critérios de desempate.

Cumprida na plenitude a missão na fase de grupos do Europeu, Portugal parte agora para a fase a eliminar da competição. O próximo teste está agendado para segunda-feira, em Amesterdão, diante da Finlândia, que ficou atrás do Cazaquistão no Grupo B.

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