FC Porto não falha e já tem seis pontos de vantagem

Com golos de Otávio, Luis Díaz e Taremi, os “dragões” derrotaram o Famalicão, por 3-1, e somaram a 14.ª vitória consecutiva na I Liga.

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LUSA/MANUEL FERNANDO ARAUJO

Uma primeira parte de muito bom nível e uma segunda metade q.b. chegou para o FC Porto somar a 14.ª vitória consecutiva na I Liga e aproveitar o deslize na véspera do Sporting. Frente a um Famalicão debilitado pela ausência de jogadores importantes, os “dragões” conseguiram com golos de Otávio e Luis Díaz chegar ao intervalo com dois golos de vantagem e, nos últimos 45 minutos, limitaram-se a gerir a vantagem - Taremi marcou o terceiro para os portistas; Riccieli fez nos descontos o golo de honra dos minhotos. Com o triunfo, por 3-1, os portistas mantêm o registo 100% vitorioso no Estádio do Dragão e chegam ao final da jornada 19 com seis cómodos pontos de vantagem sobre a concorrência mais próxima.

Para uma equipa que há quatro meses e 12 dias só sabia conjugar o verbo ganhar no campeonato português, a notícia que a 14.ª vitória consecutiva na I Liga colocaria o concorrente mais directo a meia dúzia de pontos de distância foi uma dose extra de motivação que resultou numa das exibições mais seguras e consistentes dos “dragões” esta época.

Com uma mão cheia de indisponíveis na defesa (Pepe, Marcano, Manafá, Zaidu e João Mário), Sérgio Conceição colocou em campo o que sobrava entre as opções mais regulares (Mbemba, Fábio Cardoso e Wendell) e foi forçado a fazer uma adaptação à direita: Bruno Costa jogou a lateral. No entanto, frente ao um Famalicão inofensivo a atacar até ter dois golos de desvantagem, as possíveis fragilidades defensivas que os portistas podiam apresentar nunca chegaram a serem verdadeiramente testadas.

Com a posse de bola na primeira parte a rondar os 70%, o FC Porto necessitou de paciência para contornar a estratégia da equipa comandada por Rui Pedro Silva que, tendo baixas de peso no Dragão (Penetra, Dylan, Rúben Lima, Diogo Figueiras, Ofori, Heriberto e Banza), apresentou-se com uma linha de cinco na defesa e pouca disponibilidade para correr riscos ofensivos.

Embora a primeira parte tenha sido desde o apito inicial de sentido único (a baliza de Luiz Júnior), o FC Porto necessitou de alguma criatividade e perseverança para conseguir criar oportunidades. Com Otávio, Vitinha e Fábio Vieira muito móveis, Wendell pouco consistente na esquerda e Bruno Costa pouco ofensivo na direita, os “dragões” surgiram com frequências com deficit de jogadores na área, mas depois de duas ameaças (Luis Díaz, aos 18’; Evanilson, aos 23’), foi sem surpresa que os portistas quebraram a resistência minhota: aos 26’, após um canto de Fábio Vieira, Otávio surgiu sem marcação à entrada da grande área e, beneficiando de um desvio em Pedro Marques, bateu pela primeira vez Luiz Júnior, colocando justiça no marcador.

A partir daí, o FC Porto ganhou tranquilidade e, sem que o Famalicão mostrasse capacidade para mudar o rumo do jogo - não fez qualquer remate na primeira parte -, a pressão portista manteve-se até surgir o segundo, com Otávio a fazer desta vez o papel de assistente: o capitão “azul e branco” lançou Díaz e o colombiano, com a qualidade habitual, fez o 14.º golo no campeonato.

Sem alterações ao intervalo, a segunda parte começou com uma novidade: o Famalicão a conseguir construir jogadas de ataque e a ganhar os dois primeiros cantos na partida nos minutos 49 e 51. A estreia na estatística ofensiva dos famalicenses não foi um mero acaso. Com uma atitude mais audaz e o FC Porto menos intenso, os minhotos conseguiram equilibrar o duelo com os “dragões” que, embora com mais espaço para atacar, deixaram de conseguir surgir com tanta assiduidade junto da baliza de Luiz Júnior.

No entanto, mesmo jogando com as rotações mais baixas, tendo Vitinha, Otávio e Fábio Vieira no comando - apesar do golo, Luis Díaz não teve tão influente como tem sido habitual -, o FC Porto continuou a ser a equipa que parecia estar mais próxima de marcar. Assim, aos 78’, nove minutos depois de entrar, Taremi aproveitou uma falta cometida sobre si na área para fazer de penálti o terceiro golo.

Nessa altura, a (tímida) reacção do Famalicão na segunda parte já tinha perdido força e Uribe, que não pode jogar na próxima jornada por estar ao serviço da selecção da Colômbia, aproveitou para forçar o quinto amarelo na prova. No entanto, o médio foi imprudente e atingiu Pepê de forma muito dura, acabando por ver o vermelho directo, continuando assim, após voltar da partida da sua selecção, a apenas um amarelo de cumprir novo castigo.

Com o destino do jogo traçado, o Famalicão ainda conseguiu reduzir já no período de descontos (Riccieli após um canto), mas a vitória dos “dragões” estava há muito garantida, confirmando o reforço da liderança portista no campeonato.

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