Taylor Fritz acabou com a maldição da terceira ronda

O norte-americano será um bom teste às ambições de Stefanos Tsitsipas neste Open da Austrália.

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Taylor Fritz EPA/JASON O'BRIEN

Foi à 22.ª tentativa que Taylor Fritz conseguiu alcançar um dos seus objectivos mais recentes: marcar presença na segunda semana de um torneio do Grand Slam. E não podia haver melhor cenário do que este Open da Austrália, o primeiro major em que Fritz participa na condição de melhor representante masculino dos EUA. Uma vitória em cinco sets sobre o experiente Roberto Bautista Agut pôs fim à série de sete derrotas em terceiras rondas de majors.

“Parece estúpido ter estado quase a chorar após o encontro, porque já tanta gente chegou à segunda semana de um Slam, mas isso escapou-me durante muito tempo e significa mesmo muito. Estou orgulhoso, porque não foi fácil e tive de bater um tipo incrivelmente duro”, revelou Fritz (22.º), após vencer, por 6-0, 3-6, 3-6, 6-4 e 6-3, um adversário a quem não tinha conseguido ganhar um set nos últimos cinco duelos.

O norte-americano de 24 anos começou a destacar-se no escalão júnior, ao chegar ao primeiro lugar do ranking mundial em 2015, depois de protagonizar a primeira final masculina em Roland Garros entre norte-americanos – ganha por Tommy Paul – e vencer o Open dos EUA. Ser pai aos 20 anos obrigou-o a amadurecer mais depressa e os resultados cedo apareceram no circuito profissional, fixando-se no top-50 em 2018.

Em Maio do ano passado, teve de sair de Roland Garros numa cadeira de rodas e ser submetido a uma artroscopia no joelho direito, mas regressou com um ténis mais agressivo, que lhe permitiu derrotar três top-10 entre Outubro e Novembro e fechar 2021 com o melhor ranking de final de época, o 23.º posto.

Frente a Bautista Agut (18.º), Fritz demonstrou também uma excelente condição física, que lhe permitiu prevalecer nos dois últimos sets de um embate de mais de três horas, depois de ter, na ronda anterior, sofrido de cãibras, quando celebrava a vitória, em três sets, sobre o grande amigo Frances Tiafoe (34.º). “É engraçado, mas sinto-me muito melhor agora do que depois do último encontro. Se o meu corpo estiver bem então eu sinto-me confiante”, afirmou Fritz, futuro adversário de Stefanos Tsitsipas.

Em destaque esteve igualmente Marin Cilic (27.º), campeão do Open dos EUA de 2014, que eliminou Andrey Rublev (6.º), por 7-5, 7-6 (7/3), 3-6 e 6-3, para obter a primeira vitória sobre um top-10 nos últimos 24 meses.

O croata de 33 anos vai agora defrontar Felix Auger-Aliassime (9.º) que, tal como o favorito Daniil Medvedev (2.º) e a esperança local Alex De Minaur (42.º), avançou sem ceder qualquer set. O australiano tem um expectante encontro nos oitavos-de-final com Jannik Sinner (10.º).

Entre as senhoras, Aryna Sabalenka (2.ª) cedeu o set inicial pela terceira ronda consecutiva, mas venceu Marketa Vondrousova (41.ª), por 4-6, 6-3 e 6-1. “Estou muito contente porque só fiz 10 duplas-faltas”, confessou a bielorrussa, próxima adversária de Kaia Kanepi (115.ª), que, aos 36 anos, vai estrear-se nos “oitavos” do Open, depois de já ter sido quarto-finalista nos outros três Grand Slams.

Outra favorita na parte inferior do quadro é Simona Halep (15.ª) que eliminou Danka Kovinic (98.ª), por 6-2, 6-1. A romena, que só ainda cedeu 12 jogos em três rondas, vai discutir um lugar nos quartos-de-final com Alizé Cornet (61.ª), que repete o seu melhor resultado aqui 13 anos depois.

Ainda nos “oitavos”, Iga Swiatek (9.ª) joga com Sorana Cirstea (38.ª) e Elise Mertens (26.ª) vai defrontar Danielle Collins (30.ª) – que terminou com a excelente prova de Clara Tauson (39.ª), ao fim de duas horas e meia.

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