FC Porto vence em Vizela e apura-se para as meias-finais da Taça de Portugal

“Dragões” aproveitaram fragilidades e ineficácia dos minhotos para marcarem encontro com o Sporting.

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Evanilson em disputa com o vizelense Zag LUSA/HUGO DELGADO

O FC Porto venceu esta quarta-feira o Vizela, por 1-3, em partida dos quartos-de-final da Taça de Portugal, pelo que defrontará o Sporting no jogo que determinará um dos finalistas da edição deste ano.

Uribe (8'), Fábio Vieira (64') de penálti e Evanilson (89') fizeram os golos portistas, com o Vizela a tentar adiar a eliminação por Cassiano (24'), mas a não resistir a tanta contrariedade e ainda à ineficácia de Guzzo.

Apesar do quadro altamente desfavorável, com cinco baixas de vulto no “onze” inicial, o Vizela não se deixou abater e encarou os “dragões” com forte determinação, impondo-se territorialmente nos instantes iniciais.

Por essa altura, o FC Porto tentava ainda identificar as fissuras na estrutura do adversário, que apresentou uma defesa sem um único central de raiz (Álvaro Pacheco recorreu a três laterais esquerdos para compor o sector) e um banco de suplentes com um júnior e seis jovens da equipa sub-23.

Porém, os danos causados pelo surto de covid-19 só se tornaram óbvios quando Uribe, na primeira ocasião, obliterou a defesa vizelense com um gesto implacável, colocando o FC Porto em vantagem praticamente a abrir a noite.

A sorte da eliminatória parecia, então, traçada, com os portistas a aproveitarem para baixar o ritmo de jogo e conceder, estrategicamente, a iniciativa ao adversário, na perspectiva de abrir espaços para Luis Díaz, que tardava a mostrar-se, acabar com as ilusões minhotas.

Estratégia que servia ainda uma melhor gestão do esforço, depois do desgaste imposto pelo Estoril no último jogo do campeonato. Especialmente numa altura em que os portistas também enfrentam alguns problemas, com baixas e ausências a que se soma a transferência de Sérgio Oliveira para a Roma, oficializada antes da partida de Vizela.

Em campo esteve Corona, pretendido pelo Sevilha, com Sérgio Conceição a aproveitar todos os disponíveis. Com isso, o Vizela foi acreditando na possibilidade de reentrar na discussão da eliminatória, apesar das dúvidas de Raphael Guzzo, incapaz de imitar Uribe e marcar numa situação muito semelhante.

O desperdício de Guzzo não foi, contudo, suficiente para sinalizar o perigo que a equipa da casa estava disposta a levar à baliza de Marchesín. Assim, o argentino seria mesmo batido na sequência de mais uma iniciativa do ataque do Vizela, com Schettine a surpreender Mbemba e Cassiano a isolar-se para empatar a eliminatória.

O FC Porto denotava algum nervosismo, com Conceição a reclamar da dureza de Zag e Guzzo sobre Vitinha e Otávio e da permissividade e critério do árbitro, mas com o decorrer do jogo voltava a imperar a lógica do mais forte. Luis Díaz assumiu, mais uma vez, a responsabilidade de estabelecer a diferença, mas o guarda-redes vizelense e a trave mantiveram a baliza intocável até ao intervalo.

No regresso, Sérgio Conceição “desistiu” de Corona (chamou Pepê ao corredor direito) e poupou Taremi a um segundo amarelo, facto aproveitado por Evanilson para se instalar na área, marcando o seu território com um remate ao poste. Mas o Vizela também tinha um plano e Álvaro Pacheco até teve de prescindir de Cassiano (lesionado) e lançar Ventura.

A equipa suportou a primeira vaga portista para ir à procura de um golo que relançasse os dados. Mas Guzzo voltava a falhar a baliza depois de Alex Méndez ter obrigado Marchesín a aplicar-se a fundo.

O Vizela não resistiria à ineficácia de Guzzo nem à mão de Zag, em zona proibida. O FC Porto recuperava o comando do jogo num penálti de Fábio Vieira e só precisava de erradicar os comportamentos que mantinham acesa a chama da esperança dos locai, que logo perderiam o segundo peso-pesado do ataque, Schettine, também com problemas físicos. Evanilson sentenciaria, no final, a eliminatória.

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