Benfica vence Paços de Ferreira com golos de João Mário e Grimaldo

Numa partida em que os pacenses queixaram-se da dualidade de critérios do videoárbitro, as “águias” foram superiores e derrotaram os “castores”, por 2-0.

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Reuters/PEDRO NUNES

Em igualdade ou em vantagem numérica, a superioridade do Benfica sobre o Paços de Ferreira na 17.ª jornada da I Liga foi sempre evidente, mas a (justa) primeira vitória de Nelson Veríssimo como treinador das “águias” após substituir Jorge Jesus ficou marcada pelos protestos dos pacenses, que se queixaram da dualidade de critérios do videoárbitro em dois lances na primeira parte. Frente a uma equipa de César Peixoto que se apresentou no Estádio da Luz com muitas cautelas defensivas, as “águias” sentiram dificuldades para furar o muro dos “castores”, mas uma expulsão (Denilson Jr) e um golo (João Mário) no período de descontos da primeira parte abriram caminho à vitória dos “encarnados”. Na segunda parte, com um grande golo, Grimaldo fixou o resultado final, em 2-0.

Após uma estreia no Estádio do Dragão onde o “novo” Benfica de Veríssimo mostrou uma atitude diferente para melhor, mas que não bastou para contornar as muitas limitações defensivas e a expulsão de André Almeida, o duelo contra o Paços de Ferreira serviu para confirmar que a nível táctico, o novo “plano A” na Luz é o 4x4x2.

Embora na equipa “B” privilegiasse o 4x3x3, Nélson Veríssimo, mesmo tendo ausências importantes (André Almeida, Vlachodimos, Vertonghen, Yaremchuk e Pizzi), repetiu o esquema apresentado frente ao FC Porto, mantendo Gonçalo Ramos na posição onde o internacional sub-21 actuou quase sempre nos escalões de formação: o apoio directo ao jogador mais avançado (Serefovic).

Se o Benfica tinha um 4x4x2 bem desenhado no relvado, o Paços de Ferreira apresentava um esquema híbrido. A atacar a equipa de César Peixoto desdobrava-se em algo parecido com 4x2x3x1; a defender, o que aconteceu quase sempre, era claro um 5x3x2, com Antunes a juntar-se a Baixinho e Nuno Lima no centro da defesa, e Uilton a fechar o lado esquerdo.

Perante um rival de tracção atrás, o Benfica assumiu desde o início o comando e, nos primeiros dez minutos, Seferovic esteve por duas vezes muito perto de inaugurar o marcador. Aos 17’, após um bom trabalho de Everton, foi a vez de Rafa mostrar pouca pontaria e, oito minutos depois, surgiram os primeiros protestos pacenses: Otamendi teve uma entrada dura sobre Eustáquio, viu o cartão amarelo, e o videoárbitro entendeu que a decisão foi acertada.

O lance, no entanto, pareceu abalar a confiança dos “encarnados”, que baixaram a intensidade, e foi preciso esperar até aos 40’ para o Benfica voltar a estar perto do golo: Gonçalo Ramos fez quase tudo bem, mas levantou demasiado a bola que raspou na trave e seguiu para a bancada.

Com o nulo a parecer uma inevitabilidade ao intervalo, num minuto o jogo mudou já “fora de horas” na primeira parte: aos 47’, Denilson Jr. foi expulso após uma entrada dura sobre Grimaldo depois da intervenção do videoárbitro (os pacenses queixaram-se que devia ter acontecido o mesmo com Otamendi aos 25’); no quinto e último minuto de descontos, João Mário, com uma recarga oportuna, inaugurou o marcador.

A vencer e em superioridade numérica, o Benfica acabou por ter menos controlo na segunda parte e ainda permitiu que o Paços de Ferreira tivesse algumas oportunidades, mas na fase em que os adeptos “encarnados” já mostravam alguma intranquilidade, Grimaldo resolveu a partida: com um grande remate de pé esquerdo, o espanhol bateu pela segunda vez André Ferreira e fixou o resultado final.

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