Onde estão estes dez pássaros? Há expedições para os encontrar

Há dez espécies de aves que não são vistas há, pelo menos, dez anos. O Search for Lost Birds quer encontrá-las. E já há duas expedições marcadas.

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São pássaros que foram avistados pela última vez há, pelo menos, uma década — e o projecto Search for Lost Birds quer voltar a encontrá-los. Para isso, está a convocar as organizações Re:wild, American Bird Conservancy (ABC) e eBirdLife International, e a utilizar dados do Cornell Lab of Ornithology e da sua plataforma Bird, usada por observadores de pássaros de todo o mundo.

“Durante os últimos cinco anos, desde que lançámos a Search for Lost Species, a nossa lista de espécies consideradas perdidas cresceu para mais de dois mil”, disse Barney Long, citado em comunicado divulgado pela Re:wild. “Nunca planeamos olhar para eles todos eles sozinhos, mas encorajar outros a procurar e a desenvolver parcerias para os procurar”, continua.

Através destas parcerias, Barney Long espera que “haja mais expedições no terreno”, para encontrar as dez espécies de aves que estão “desaparecidas”: Bernieria tenebrosa (vista pela última vez em Madagáscar, em 1999); Callaeas cinereus (vista pela última vez na Nova Zelândia, em 2007); Rhinoptilus bitorquatus (Índia, 2009); Caprimulgus prigoginei (República Democrática do Congo, 1955); Chondrohierax wilsonii (Cuba, 2010); Ptilinopus arcanus (Filipinas, 1953); Campylopterus phainopeplus (Colômbia, 2010); Atlapetes terborghi (Peru, 1968); Ophrysia superciliosa (Índia, 1877); Otus siaoensis (Indonésia, 1866).

O Search for Lost Species, lançado em 2017, já conseguiu descobrir oito das 25 espécies perdidas mais procuradas. Agora, a ideia é encontrar estes dez, com a ajuda de observadores de pássaros de todo o mundo. A plataforma eBird, uma das parceiras, conta com mais de 700 mil utilizadores registados que deram conta de mais de mil milhões de avistamentos.

Estas espécies não são vistas há, pelo menos, dez anos, mas não estão classificadas como extintas pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). O seu desaparecimento pode dever-se à destruição do habitat, espécies invasoras ou, simplesmente, porque os investigadores não sabem onde procurá-las ou não têm acesso aos seus habitats.

A partir do próximo ano, duas expedições deverão partir para o terreno. O destino: Indonésia e Madagáscar.

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