Cartas ao director

Luz amarela para Pedro Nuno Santos

O ministro Pedro Nuno Santos perdeu uma boa oportunidade de brilhar. O que faltou? Honestidade intelectual e simplicidade. Teria sido muito elegante e honesto da parte do ministro ter convidado a equipa da TAP para nos esclarecer em conjunto, qual o acordo fechado com a Comunidade Europeia.

Nós, contribuintes, gostamos de ver equipas a trabalhar e não egos isolados que gostam de trazer para si todo o protagonismo. Foi no meu entender uma clara falta de noção de savoir faire. Para todos os colaboradores da minha “Tapzinha” um feliz Natal e obrigado pelos enormes sacrifícios demonstrados.

Eduardo Arbués Moreira, Oeiras

Uma prenda de Natal

Anteontem todos os portugueses de Norte a Sul, desde os de berço aos mais seniores, com rendimentos de milhões ou pensão mínima, foram chamados a dar uma prenda de Natal de cerca de 310 euros a uma empresa estatizada chamada TAP.

De todos os argumentos apresentados sobre a importância estratégica da empresa para o país não há um único que os factos e os números não desmontem. Será importante para quem quer voar de Lisboa em voos directos e não se importa de pagar algo mais. Face aos 10,3 milhões que contribuem, são muito poucos.

Há empregos em causa, sim, mas mal estaríamos se fôssemos estatizar e financiar com dinheiros públicos todas as empresas e sectores em dificuldades. Acrescente-se que os prejuízos da TAP não nascerem com a covid-19. A empresa tem uma relação crónica com os apertos financeiros e só mesmo uma enorme fé no Pai Natal pode fazer alguns acreditar que este “investimento” terá retorno e que desta vez é que vai ser. Dispensava-se esta prenda forçada, sobretudo pensando em tudo o que se poderia fazer em alternativa com estes 3,2 mil milhões de euros.

Carlos J F Sampaio, Esposende

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