A escassos dias do prazo para a entrega das listas de deputados, impõe-se a pergunta: a próxima Assembleia da República vai ser mais culta, competente, inteligente e devotada ao interesse público do que a que agora cessa funções? As generalizações são sempre perigosas, mas olham-se as listas, vê-se quem sai e entra e fica fácil concluir que a qualidade do pessoal político continuará a degradar-se na próxima legislatura. E entre as várias razões que explicam esta involução, há pelo menos uma que atenta contra a nobreza da própria política: as escolhas de deputados tornaram-se um lamentável ajuste de contas.
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A escassos dias do prazo para a entrega das listas de deputados, impõe-se a pergunta: a próxima Assembleia da República vai ser mais culta, competente, inteligente e devotada ao interesse público do que a que agora cessa funções? As generalizações são sempre perigosas, mas olham-se as listas, vê-se quem sai e entra e fica fácil concluir que a qualidade do pessoal político continuará a degradar-se na próxima legislatura. E entre as várias razões que explicam esta involução, há pelo menos uma que atenta contra a nobreza da própria política: as escolhas de deputados tornaram-se um lamentável ajuste de contas.