United fez um remate à baliza na derrota no derby de Manchester

City dominou por completo a partida e subiu provisoriamente à segunda posição da Premier League.

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Reuters/CRAIG BROUGH

Um remate enquadrado com a baliza foi tudo o que o Manchester United conseguiu no derby com o Manchester City, na 11.ª jornada da Premier League. Em Old Trafford, os “citizens” venceram com naturalidade por 0-2 e subiram provisoriamente ao segundo lugar, aproximando-se do líder Chelsea.

O primeiro derby de Manchester depois do regresso de Ronaldo a Inglaterra teve no United uma equipa quase sempre remetida a um papel passivo, de espectador atento do futebol de posse do adversário. Com Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva no “onze”, o City desde cedo tomou conta do jogo e chegou rapidamente à vantagem, num lance que contou com um desvio em Eric Bailly antes de entrar (7').

A ideia de jogo de Pep Guardiola superiorizava-se claramente ao ideário de Solskjaer, obrigando os “red devils” a desgastarem-se na procura da bola. E só por volta dos 20 minutos o United conseguiu circular com alguma precisão e dividir, durante um curto período, a posse. Foi nessa altura que Ronaldo surgiu na área a rematar de pé esquerdo, de primeira, após cruzamento de Luke Shaw.

Nessa altura ainda não se sabia, mas seria mesmo o único remate à baliza de Ederson durante todo o jogo. A excepção que confirmaria a regra do domínio do City, que só não ampliou a vantagem mais cedo porque De Gea se foi exibindo em bom plano na baliza, ao parar remates de De Bruyne e Gabriel Jesus em lances de golo iminente.

Aos 45’, porém, já com o intervalo à vista, os “citizens” chegariam mesmo ao segundo golo. João Cancelo, muito activo em ataque posicional, cruzou ao segundo poste e Bernardo Silva finalizou em esforço, contando com uma dose de alguma felicidade para colocar a bola na baliza. Um golo 100% português num jogo que contou com oito jogadores com passagem pela Liga portuguesa.

No segundo tempo, o United ainda deu uma leve indicação de que poderia tornar-se mais autoritário, mas foi fogo-de-vista. O jogo regressou rapidamente aos moldes habituais, com o City a controlar, e os melhores lances ofensivos foram criados pelos visitantes, que estiveram perto do terceiro golo por Phil Foden (poste) e João Cancelo, podendo ainda queixar-se de um penálti por assinalar sobre Gabriel Jesus.

Com 62% de posse de bola no final da partida, e depois de ter visto o rival cobrar o primeiro e único pontapé de canto do jogo já no tempo de compensação, o Manchester City reagiu assim, da melhor forma, ao desaire da jornada anterior, diante do Crystal Palace. Quanto ao United, vive dias difíceis, com o treinador cada vez mais no centro das atenções.

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