O humorista Fábio Porchat calçou as botas de José Saramago. E assentam-lhe bem

O centenário do nascimento do escritor está a ser preparado com uma edição de luxo do livro Viagem a Portugal e o arranque das filmagens de uma série documental que revisita esses lugares.

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A popularidade de Fábio Porchat cruza-se com a de Saramago, nos caminhos a que os tem levado a rodagem da série Viagem a Portugal PAULO PIMENTA

O que é que este bando de jardineiros de uniforme verde que acaba de podar umas árvores e se encavalita agora para uma selfie com o humorista brasileiro Fábio Porchat (rio Tâmega ao fundo, nas margens de Amarante) tem que ver com José Saramago? E por que razão se lhes há-de juntar daqui a pouco Valter Hugo Mãe, lamentando a ingratidão de Madonna, que desistiu do país sem ter levado genes portugueses no ventre (“A gente tinha tudo para dar certo”), e equiparando as personagens da Disney a comida sem calorias, ao mesmo tempo que jura a pés juntos, num português inesperadamente arrevessado de Brasil, que, se o Nobel da Literatura estivesse vivo, não teria outro remédio que não usar-se de genuíno calão contra os Bolsonaros deste mundo?

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O que é que este bando de jardineiros de uniforme verde que acaba de podar umas árvores e se encavalita agora para uma selfie com o humorista brasileiro Fábio Porchat (rio Tâmega ao fundo, nas margens de Amarante) tem que ver com José Saramago? E por que razão se lhes há-de juntar daqui a pouco Valter Hugo Mãe, lamentando a ingratidão de Madonna, que desistiu do país sem ter levado genes portugueses no ventre (“A gente tinha tudo para dar certo”), e equiparando as personagens da Disney a comida sem calorias, ao mesmo tempo que jura a pés juntos, num português inesperadamente arrevessado de Brasil, que, se o Nobel da Literatura estivesse vivo, não teria outro remédio que não usar-se de genuíno calão contra os Bolsonaros deste mundo?