Câmara de Grândola defende parque de campismo da Galé mas não diz o que fará se for desmantelado

A Discover Land Company, proprietária do parque, garante que informará atempadamente os utentes que ali residem de uma eventual alteração ao modelo de funcionamento da estrutura.

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NFS - Nuno Ferreira Santos

A Câmara de Grândola diz ter recebido da Discover Land Company  a garantia que “qualquer eventual alteração” no modelo de funcionamento do parque de campismo da Galé e das suas instalações “será atempadamente comunicada aos utentes e coordenada com a estratégia turística” da autarquia. O município divulgou nesta quarta-feira que reuniu no dia 13 Outubro com a empresa americana, que adquiriu recentemente o espaço por 25 milhões de euros.

O presidente da Câmara de Grândola, Figueira Mendes lembrou aos representantes da Discover Land Company que apesar do parque ser um equipamento privado, “cumpre há vários anos funções importantes de serviço público”, frisando que se trata de uma estrutura “criadora de emprego e gerador de receitas para a economia do concelho”.

O autarca espera que o parque de campismo se “mantenha em funcionamento” e possa continuar “a assegurar, de forma sustentável, o acesso universal ao lazer, bem-estar e qualidade de vida”. E, numa referência à progressiva ocupação do litoral de Grândola por empreendimentos turísticos de grande dimensão, Figueira Mendes assume que deseja que o território de Grândola “seja, cada vez mais, para todos”.

No entanto, não avançou que medidas pensa tomar se o encerramento e desmantelamento do parque vier a consumar-se, como temem os cerca de meio milhar de utentes que residem ou frequentam o parque.

Por sua vez, a empresa disse o presidente da Câmara de Grândola que já transmitiu aos utentes do parque com “contratos activos” que está a ser feito “um diagnóstico rigoroso da actual situação do Parque.” Enquanto não tiver na sua posse uma conclusão da análise que está a ser efectuada à situação do equipamento, “nenhuma alteração ocorrerá” no seu modelo de funcionamento, garantindo que os 38 postos de trabalho permanentes que operam no parque “serão mantidos”. E “todas as relações com fornecedores serão integral e escrupulosamente honradas e todos os contratos válidos e em vigor serão integral e escrupulosamente honrados”.

O PÚBLICO procurou recolher mais informações junto de Figueira Mendes mais não foi possível obter resposta.

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